sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Falando de Reabilitação Cognitiva. . .

Cognição é uma complexa coleção de funções mentais que incluem atenção, percepção, compreensão, aprendizagem, memória e raciocínio, entre outras. Estes atributos mentais permitem que o homem compreenda e relacione-se com o mundo e seus elementos. A cognição compreende todos os processos mentais que nos permitem reconhecer, aprender, lembrar e conseguir trocar informações no ambiente em que vivemos. Cognição também refere-se ao planejamento, solução de problemas, monitoramento e julgamento, que são consideradas como funções cognitivas de alto nível. Se uma pessoa sofre algum tipo de dano cerebral, uma ou várias destas funções podem se tornar deficientes. Para recuperá-las será necessário empreender estratégias terapêuticas específicas para cada tipo de deficiência detectada. Logo, a Reabilitação Cognitiva (RC) é o processo que visa recuperar ou estimular as habilidades funcionais e cognitivas do homem, ou seja, (re)construir seus instrumentos cognitivos. Em muitos casos a RC vem complementar o tratamento farmacológico, necessário em vários tipos de distúrbios. Normalmente, o processo de reabilitação cognitiva se inicia após análise médica realizada por um neurologista que identifica o insulto neuronal em termos anatômicos e fisiológicos. Posteriormente, o neuropsicólogo concentra sua atenção na avaliação das deficiências efetivamente provocadas pela lesão em termos cognitivos e afetivos. Finalmente, o psicólogo ou psicopedagogo, seguindo as instruções dos especialistas, treina o paciente através de exercícios especialmente projetados para a reabilitação em sua deficiência cognitiva. o enfoque restaurador utiliza a repetição sistemática e hierárquica para obter melhora de desempenho dos componentes cognitivos. Já as estratégias compensatórias são trabalhadas visando o desempenho de tarefas. Outra dimensão conceitual explorada refere-se ao conteúdo das tarefas de tratamento. Algumas focam no treinamento do componente do processo cognitivo, como atenção e memória, enquanto outras focam no treinamento de habilidades funcionais, como a prática de um conjunto de passos em um trabalho de rotina. A exploração de um destes enfoques não exclui a utilização de outro. Muito pelo contrário, estas abordagens se complementam e possibilitam a integração de vários aspectos essenciais para a recuperação do paciente. Uma questão fundamental na RC refere-se aos conceitos de generalização e transferência. Ocorre transferência quando o aprendido pode ser aplicado a outro contexto dividindo-se em:
-Transferência positiva: quando o que é aprendido em um contexto facilita o aprendizado em outro contexto;
-Transferência negativa: quando o que é aprendido em um contexto impede o aprendizado em outro contexto. Na generalização, o novo conhecimento pode ser aplicado com sucesso em uma variedade de novos contextos e requer o uso de estratégias de memória e habilidades de pensamento. O objetivo central de qualquer programa de reabilitação é a generalização, que pode proporcionar autonomia e independência.
Podemos ressaltar ainda, os aspectos associados a teorias pedagógicas como o comportamentalismo e construtivismo. Em geral, os processos de RC possuem o trabalho inicial de recuperação bastante comportamentalista e algumas vezes, sem associações diretas com a vida diária. Entretanto, para alcançar a generalização é necessário a exploração da memória, que realiza as atividades de recuperação de informações armazenadas, associação destas informações com a situação real, interpretação e análise deste conjunto de informações. Observa-se que estes procedimentos possuem um enfoque mais construtivo e contextualizadoComo visto, a RC envolve questões de diferentes áreas, onde destaca-se a Neuropsicologia, que através da integração do conhecimento de diferentes domínios, propõe métodos de avaliação e recuperação de deficiências cerebrais.

DISTÚRBIOS DE SOCIABILIDADE

AUTOR: Francisco B. Assumpção Jr.



A sociabilidade é a esfera de comportamento mais facilmente observável na criança quando alterada. Isso porque ela é o aspecto que mais prestamos atenção uma vez que envolve o contato de nossos filhos conosco e com o mundo circunjacente, abrangendo aspectos de comunicação e adaptabilidade.
Aos 6 anos de idade uma criança não somente já apresenta socialização comunal ( brinca e se relaciona com irmãos,, amigos, parentes e demais pessoas próximas), como esse relacionamento já é bastante sofisticado. Isso porque ao redor dos 7 anos ela já se agrupa com outras crianças constituindo verdadeiras sociedades com regras próprias e padrões definidos de relacionamento que vão auxiliá-la na construção de sua personalidade e de seu mundo ( você lembra do “Clube do Bolinha? Ele era organizado, com valores próprios diferentes dos do adulto e com regras bastante definidas).
A alteração desse padrão mostra que alguma coisa não vai bem com essa criança. Podemos ter uma série de problemas que podem estar afetando esses relacionamentos e essa interação com o mundo.
É muito difícil se precisar que tipo de problemas uma vez que podem ir desde uma mera questão de timidez ou de baixa auto-estima, até problemas psiquiátricos mais severos.
De qualquer maneira, quando a sociabilidade se encontra afetada da maneira como a descrita, podemos imaginar que a criança, ou o adolescente, precise de um auxílio especializado pois para que desenvolva melhor e possa adaptar-se ao mundo adulto posteriormente, terá, obrigatoriamente, que aprender ( e conseguir) se relacionar com seu ambiente).
Assim, uma consulta com um psiquiatra é importante para que se estabeleça o porque dessa alteração e se determe o tratamento mais adequado, de acordo com o problema e a idade da pessoa em questão.

Seu filho só fica feliz se for o melhor?

O perfeccionismo pode ter como causas fatores genéticos ou ambientais

Um dia, o seu filho chega em casa triste porque, em vez daquele 10 em Artes, veio um 9. No dia seguinte, ele se queixa da derrota no futebol. Com o tempo, você percebe que a irritação ou a tristeza batem a cada vitória não alcançada. O desejo de querer fazer tudo certo até parece uma qualidade, mas o perfeccionismo infantil merece atenção. Essa mania de querer sempre acertar e ganhar pode atrapalhar a vida social do seu filho e torná-lo infeliz.

Notado geralmente a partir dos 6 anos, quando o pensamento lógico ganha mais espaço na vida da criança, o perfeccionismo pode ter como causas fatores genéticos ou ambientais. No segundo caso, o mais comum, os pais cobram tanto dos filhos que eles acabam levando tudo a sério demais. “Não se pode valorizar mais as coisas que a criança faz do que ela mesma”, diz a psicóloga Beatriz Otero, da Clínica Elipse (SP). Para ajudar seu filho, proponha atividades que ele consiga realizar e tenha prazer – e não exija nada em troca. Nesse ambiente, o perfeccionismo é abafado e não vira um problema. Pelo contrário, pode fazer com que seu filho se torne mais responsável, sem sofrer com isso.

COMO AJUDAR SEU FILHO?

Reduza o número de atividades que a criança faz. Quanto mais compromissos ela tiver, maior será a chance de ela se tornar muito competitiva.

Aposte em atividades que divirtam a criança e que não façam com que ela entenda lazer como cobrança.

Controle sua ansiedade e respeite o tempo de seu filho. Mostre que vitórias são importantes e que as derrotas fazem parte do desenvolvimento.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A avaliação neuropsicológica como processo fundamental no auxílio diagnóstico de demência: relato de caso

INTRODUÇÃOTrata-se do caso de uma paciente com 80 anos, encaminhada pela geriatra para avaliação neuropsicológica, com propósito de auxílio diagnóstico, sob hipótese de Síndrome Demencial. A paciente negava qualquer problema com sua memória. Afirmava ser capaz de fazer normalmente suas atividades e não via necessidade de realizar atendimento médico ou psicológico. No entanto, o marido e a nora diziam que ela apresentava comportamento ora agressivo, ora deprimido, além de problemas com a memória que prejudicavam seu rendimento nas atividades de vida diária.METODOLOGIAForam realizados seis atendimentos, que consistiram em entrevistas clínicas com paciente e familiares, e tarefas neuropsicológicas: Roteiro de Exame do Estado Mental Strub Black; funções visuais (Luria); desenho do relógio; subtestes do WAIS III Compreensão, Cubos, Vocabulário e Dígitos. RESULTADOSPaciente compareceu aos atendimentos demonstrando pouca crítica sobre suas condições cognitivas, com expressão apática, desinteressada, respondendo apenas o que lhe era perguntado. Mostrou-se resistente em realizar as atividades, repetia perguntas já feitas, esquecendo-se de informações que já tinha dito minutos antes. Os dados da avaliação apontaram déficits cognitivos caracterizados por:Diminuída amplitude atencional, controle mental, atenção dividida e concentração; Prejuízo na organização visuoespacial dos estímulos, tanto na cópia de figuras simples, como para executar desenhos sob comando; Dificuldades no reconhecimento visual de estímulos (paragnosias visuais);Intensa dificuldade em tarefas que avaliam memória verbal, no que se refere à capacidade de armazenar e evocar os estímulos apresentados. Perdia tanto o contexto global quanto detalhes da informação recebida. Presença de perseveração, confabulação e intrusões. Apresentou dificuldades importantes no que se refere à capacidade de aprender novas informações; Quanto à linguagem, paciente demonstrou fala espontânea e fluência verbal reduzidas, dificuldades para compreender algumas instruções dadas e nomear objetos;Apresentou déficits na capacidade de expressar conceitos, julgamento e crítica de normas e valores sociais, além de discreto rebaixamento da capacidade de abstração. DISCUSSÃOO trabalho de investigação psicológica foi dificultado pela inconsistência das informações a respeito do caso, visto que a paciente não apresentava crítica de seu estado, o marido tinha diagnóstico de Alzheimer e portanto também comprometimento de seu julgamento, e a nora, que os acompanhava periodicamente nas consultas, parecia relevar os déficits da paciente, para ausentar-se de possíveis responsabilidades. Somente através de seu desempenho na avaliação é que se pôde de fato confirmar a instalação do quadro demencial da paciente. Foi realizada devolutiva dos resultados da avaliação, enfatizando a necessidade de um acompanhamento mais próximo dos familiares e viabilizando tratamento médico adequado.

artigo informativo retirado do site: www.crinorte.org.br

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Reportagem do Gazeta Sul on line

Participação da Dra. Diana em reportagem para o site Gazeta Online Sul.

Estou quase reprovado. E agora?

13/11/2009 - 09h09 (Andresa Alcoforado - Da Redação Multimídia)

foto: Andresa Alcoforado
Alunos quase reprovados
Ainda dá tempo de correr atrás do prejuízo e passar de ano
Reta final para as provas e muitos alunos ainda não sabem se vão ou não passar de ano. Um drama que se repete para muitas famílias, mas os especialistas garantem: ainda dá tempo de mudar esta história. Para isso, é preciso ampliar o tempo de estudo e se dedicar às tarefas de casa.

Para os alunos, algumas matérias são como vilões. Matemática, física e química são as que mais recebem queixas. Para a professora de matemática Lúcia Cristina Miranda Couzzi não há segredo na disciplina. "Passa quem consegue fazer os exercícios em casa. Matemática é prática. Quem não faz os deveres não esclarece as dúvidas e aí não consegue se preparar para as provas. Não tem mistério, mas muita gente deixa para ter dúvida na véspera da prova", conta a professora.

Já o professor de história e geografia Gustavo Rubim vai além. Ele afirma que muitos alunos não conseguem interagir, situar o que aconteceu com o que está acontecendo na atualidade. "Eles precisam ler mais jornais e ver televisão. É importante se interessar pelas questões sociais até mesmo para alcançar maturidade", afirma.

Se a corrida é contra o tempo, vale mesmo qualquer coisa para não ficar reprovado. Aluna do 2° ano do ensino médio, Aline de Oliveira Azevedo, 17 anos, conta que sempre teve dificuldade em física, e o quarto bimestre sempre foi uma preocupação.

"Preciso fechar o bimestre final com 20 pontos. Sempre é uma preocupação porque não me dou bem em física. Aí tento fazer os exercícios para entender melhor a matéria e me sair bem nas provas", conta Aline.


Orientação fora da escola

Se sozinho o aluno não consegue recuperar as notas, o jeito é procurar ajuda fora da escola. Segundo a coordenadora de ensino médio Fernanda Faria Felícia, as orientadoras funcionam para ajudar o aluno a tirar as dúvidas e reforçar o horário de estudo.

"O aluno que quiser ainda dá tempo. Aqui na escola, vamos começar a segunda avaliação do quarto bimestre. Ainda tem a recuperação e a prova final. Além do estudo, o aluno deve se mostrar interessado. Isso também conta ponto para passar de ano", lembra a coordenadora.

Vale lembrar que este ano foi abolido nas escolas públicas e particulares o contrato, mais um recurso que o aluno que não passasse de ano, fazia depois das férias. Agora a última avaliação será a prova final.

foto: Andresa Alcoforado
Alunos quase reprovados
"Não estou preocupado e tenho certeza que vou passar"
Rayron Teixeira - 17 anos

Mudança de hábito

Depois de ficar reprovado no ano passado, o estudante do 3° ano do ensino médio, Rayron Teixeira, 17 anos, decidiu mudar de hábitos e esse ano está tranqüilo com as notas. "Esse ano aprendi a dar valor aos exercícios e sempre cumprir as tarefas", afirma.


Pais podem ajudar


Para a psicóloga, Diana Viana, especialista em neuropsicologia, vários fatores atrapalham os alunos, como o déficit de atenção e a dislexia, que são distúrbios de aprendizagem. Os pais precisam ficar atentos.

"No caso do déficit de atenção, observar se a criança não é muito distraída, se ela inicia, mas não completa as tarefas e, ainda, apresenta traços de impulsividade e hiperatividade são indicativos. Entre outros transtornos, que também são causa de reprovação, está a dislexia, distúrbio da leitura e escrita, que atinge 17% da população mundial, segundo a Associação Brasileira de Dislexia", afirma a psicóloga.

E são os pais que precisam redobrar a atenção para que o problema dos filhos não passe em branco. "É importante, quando a criança ou o jovem começa a apresentar as dificuldades em casa, os pais irem à escola saber se essa dificuldade também acontece lá. Sendo positivo, deve-se procurar o auxílio psicopedagógico. Persistindo as dificuldades, procurar um neuropediatra ou neuropsicólogo, para uma avaliação mais detalhada e específica", acrescenta Diana.


Atenção, pais :

- A super proteção pode atrapalhar

- É importante procurar ajuda logo no início das manifestações das dificuldades, para que impeça a reprovação.

- A reprovação pode alterar a estima do aluno

- Atenção para os sintomas: dispersão, fraco desenvolvimento da atenção, atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem, dificuldade em aprender rimas e canções, fraco desenvolvimento da coordenação motora, dificuldade com quebra-cabeça e falta de interesse por livros impressos.

sábado, 14 de novembro de 2009

NEUROPEDIATRIA!!!!

TEXTO SUPER RICO DA DRa MARIA LUIZA A. BROLLO - NEUROPEDIATRA!!
EM HOMENAGEM A MINHA PRIMEIRA SEGUIDORA: CARLA TONIN - FISIOTERAPEUTA, BRASILEIRA QUE NÃO DESISTE NUNCA!!! ASSIM COMO EU!!

O cérebro da criança não é réplica em miniatura do cérebro adulto. Ele tem de acordo com a idade características anatômicas e fisiológicas diferentes. Nos primeiros anos de vida, o processo de maturação ou amadurecimento, em escala crescente, proporcionará perda das funções primitivas, aquisições, e aperfeiçoamento das novas funções adquiridas. Uma criança neste período pode apresentar o exame neurológico objetivo, mas o desenvolvimento Neuropsicomotor alterado. Alguns trabalhos da literatura mostram que o exame neurológico neonatal detecta aproximadamente 57% das crianças que acabam por desenvolver "paralisia cerebral". 43% delas, no entanto, apresentam o exame neurológico neonatal normal, vindo a desenvolver distúrbios durante o primeiro ano de vida. Estes distúrbios podem ser evitados promovendo-se a identificação e acompanhamento pré-natal das gestantes e posteriormente detectando-se na maternidade os RNs de RISCO, oferecendo a eles programa de estimulação precoce. (vide indicadores de risco para encaminhamento à estimulação precoce - ABAIXO)Intervir precocemente consiste em tratar o recém nascido com base na adequação dos padrões
motores anormais, com técnicas neuro-evolutivo bem planejadas. O programa de Estimulação Precoce consiste em estratégias simples que devem ser realizadas por um profissional especializado (fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e outros), apto a lidar as fragilidades do RN. Deve ocorre em grupos de até 08 mães com seus respectivos bebês, orientado pelo estimulador. A freqüência mínima recomendada para os encontros é duas vezes por semana, com orientação para manutenção dos exercícios em casa. Os recursos utilizados são simples e de baixo custo: sala ampla, ventilada e bem iluminada; pia; banheira para criança; colchonetes; almofadas; rolos e bolas Bobath; bonecas de pano para modelo de treinamento das mães; brinquedos pedagógicos; lanternas; espelhos. O SUS Campinas conta com este programa no Centro de Referência em Reabilitação, núcleo clínico da APAE, na Casa da Criança Paralítica e na Fundação Síndrome de Down. A avaliação neuropiscomotora evolutiva ocorre em conjunto com a equipe de pediatria da rede básica de saúde de referência da criança. A alta do programa
de estimulação precoce deve ocorrer no máximo aos 02 anos de idade para as crianças que não desenvolveram seqüelas. Aquelas que apresentaram algum atraso detectável no seu desenvolvimento neuropsicomotor devem ser encaminhadas aos núcleos ou programas de apoio específico à suas dificuldades.
De 01 a 02 meses
􀂃 Fixa o olhar na mãe durante o aleitamento
􀂃 Sorri
􀂃 Senti-se seguro no colo da mãe
De 03 a 04 meses
􀂃 Acompanha com olhar
􀂃 Responde com balbucios
􀂃 Olha para as mãos e coloca-as na boca
􀂃 Sustenta a cabeça
􀂃 Busca a direção dos sons
De 05 a 06 meses
􀂃 Rola na cama
􀂃 Senta com apoio
􀂃 Leva os pés na boca
De 07 a 08 meses
􀂃 Início do processo de mastigar
􀂃 Estranha, pessoas fora do convívio
􀂃 Senta sem apoio
􀂃 Começa a arrastar-se
􀂃 Atende pelo nome
De 09 a 10 meses
􀂃 Engatinha
􀂃 Firma os passos
􀂃 Bate palmas
􀂃 Dá tchau
12 meses
􀂃 Anda sem apoio
􀂃 Sabe o que quer
De 13 a 18 meses
􀂃 Quer independência
􀂃 Fala algumas palavras
De 19 meses a 02 anos
􀂃 Gosta e precisa do convívio com outras crianças
􀂃 Dá pequenas corridas
􀂃 Sobe e desce escadas
􀂃 Tem vontade própria
􀂃 Fala muito "não"
􀂃 Testa limites
De 02 a 03 anos
􀂃 Controle de esfíncter
􀂃 Início do "tirar a fralda"
􀂃 Forma frases
􀂃 Fala muito "é meu"
De 03 a 04 anos
􀂃 Ajuda a vestir-se e calçar-se
􀂃 Gosta de brincar com outras crianças
􀂃 Brinca de faz de conta
De 04 a 06 anos
􀂃 Corre alternando os pés
􀂃 Participa de jogos
􀂃 Toma banho veste-se sozinho, escolhe roupas
De 06 a 08 anos
􀂃 Verbaliza conscientemente suas emoções
􀂃 Aquisição da alfabetização
Caso ocorra uma diferença significativa nesta evolução, o pediatra da criança deve
ser avisado para, se necessário, encaminhar as equipes interdisciplinares de apoio.

Indicadores de risco para encaminhamento à estimulação precoce:
De risco biológico:
􀂃 Peso ao nascimento de 1.500g ou menos.
􀂃 Idade gestacional de 32 semanas ou menos.
􀂃 Pequeno para a idade gestacional (menos de 10% para o peso).
􀂃 Necessidade de ventilação por 36 horas ou mais.
􀂃 Anormalidades no tônus muscular (hipotonia, hipertonia, assimetria de tonomovimento).
Convulsões neonatais recorrentes (03 ou mais).
􀂃 Disfunção na alimentação.
􀂃 Infecção TORCH sintomáticas (toxoplasmose, rubéola, citomegalovirus, vírus da
herpes tipo II, sífilis).
􀂃 Meningite.
􀂃 Afixia com Apgar menor que 04 em 05 minutos.
De risco estabelecido:
􀂃 Hidrocefalia.
􀂃 Microcefalia.
􀂃 Anormalidades cromossômicas.
􀂃 Anormalidades músculo-esqueléticas (quadris congenitamente luxados,
deficiências nos membros, artrogripose, contraturas articulares, torcicolo
congênito).
􀂃 Nascimento múltiplo (acima de dois).
􀂃 Lesões no plexo braquial (paralisia de Erb, paralisia de Klumpke).
􀂃 Miopatias congênitas e distrofia miotônica.
􀂃 Erros inatos de metabolismo.
􀂃 Infecção por HIV.
De risco ambiental-social:
􀂃 Alto risco social (apenas um dos pais, idades dos pais, menor que 17 anos, má
qualidade de ligação entre bebês e pais).. Abuso materno de drogas ou álcool.
􀂃 Anormalidades no estado comportamental (letargia, irritabilidade excessiva,
instabilidade no estado comportamental).


FOLDER IMPRESSO EXPLICATIVO!!!!
CONTEÚDO RETIRADO DO SITE REABILITACAOCOGNITIVA.ORG


Nas minhas aventuras por esse vasto mundo da internet, muitas vezes me deparo com materiais que realmente me impressionam.
Recentemente, tive o prazer de conhecer a Cruz Roja Española. Esta é uma instituição humanitária de caráter voluntária e de interesse público que tem como um de seus objetivos a proteção e o socorro das pessoas afetadas por acidentes, catástofres, calamidades públicas, conflitos sociais, enfermidades, epidemias e outros riscos coletivos, assim como com a prevenção de danos causados pelos mesmos.
Para nossa área profissional, talvez o mais interessante dessa instituição seja o seu trabalho envolvendo os chamados ¨productos de apoyo¨, ou seja, os nossos produtos de tecnologia assistiva.
Um dos papéis da Cruz Roja Española é orientar pessoas sobre que tipo de produtos de apoio se ajustam à sua necessidade e como consegui-los dentro do seu território.
Poderíamos ter uma Cruz Roja Brasileira, não acham?
Vamos ao site!!! www.sercuidador.es
Lá estão disponíveis alguns guias que podem ser baixados gratuitamente e apresentam dicas com fotografias de produtos para:
- mobilidade pessoal;
- atividades domésticas;
- mobiliários e adaptação de residências;
- comunicação;
- manipulação de produtos e;
- atividades de lazer.
Para quem já achou interessante a melhor notícia vem agora!!!!!!!
O que mais me chamou atenção nesse site foi que encontrei este catálogo online com 2.973 produtos de tecnologia assistiva, incluindo informações sobre o tipo do material, especificações técnicas (tamanho, peso, cor, para qual dominância, entre outras) e o contato dos distribuidores e importadores do produto.
O preço deve ser bem salgado, mas vale a pena conhecê-lo para aguçar a criatividade.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

PSICOLOGIA INFANTIL

REPORTAGEM DO SITE CRESCER FALANDO DE UM ARTIGO IMPORTANTE E INTERESSANTE DE COMO AGIR COM OS FILHOS!!! VALE A PENA SABER!!!!



Um novo jeito de criar os filhos

Você já imaginou que elogiar as crianças pode não ser a melhor forma de ajudá-las a se desenvolver? Ao fazer essa descoberta, dois jornalistas norte-americanos investigaram outros mitos relacionados à infância. O resultado foi Nurture Shock, um livro que traz um novo olhar sobre a educação dos filhos


Simone Tinti

Como você se sentiu quando chegou com seu bebê em casa pela primeira vez? Com certeza, teve um frio na barriga e, insegura, se perguntou: o que eu faço agora? Partindo desse sentimento, os jornalistas Po Bronson (pai de duas crianças) e Ashley Merryman (que não tem filhos) escreveram Nurture Shock: New Thinking About Children (Um novo olhar sobre a educação das crianças, em tradução livre, ainda não lançado no Brasil). “Apesar de ‘nurture shock’ ser o termo usado para pais de primeira viagem, pensamos que essa insegurança pode ocorrer com qualquer pai quando se depara com algo para o qual não se sente preparado”, afirmam.

Mais do que escrever um manual, o objetivo dos autores foi reunir pesquisas sobre assuntos que todo pai tem de encarar em algum momento da vida de seu filho. O resultado foi uma obra que mexe com muitas das certezas das famílias. Para você ter uma ideia, a primeira descoberta deles foi como o elogio, em vez dar autoconfiança, acaba deixando a criança com receio de testar coisas novas. A partir dessa constatação, os jornalistas foram atrás de outros estudos e chegaram ao material reunido no livro. Na entrevista por e-mail à CRESCER, eles explicam os principais pontos.

Elogiar pode ter efeito inverso

A pesquisadora Carol Dweck, da Universidade de Stanford (EUA), avaliou o efeito de frases como “você foi muito bem na prova”, “como você é inteligente!” e descobriu que esse tipo de elogio produz um efeito contrário. As crianças passam a acreditar que o sucesso é algo inato – ou elas têm, ou não têm. O melhor a fazer, portanto, é elogiar o processo pelo qual a criança fez determinada coisa. Quando seu filho joga bem futebol, em vez de afirmar ”você é um grande atleta”, é melhor dizer “foi ótimo quando o outro time fez um gol e você não se abalou”, ou “gostei como você driblou aquele jogador”. Assim, a criança vai saber o que fez bem e, então, pensar em como repetir o feito da próxima vez.

Menos stress em família

Um pesquisador perguntou às crianças o que elas mudariam em seus pais. Os adultos esperavam que a resposta fosse “mais tempo”. No entanto, o que elas querem é que os pais estejam menos estressados durante os momentos que passam juntos.

Ser honesto é o mais importante

Ao considerar todas as pesquisas que investigamos, uma coisa se destacou o tempo todo: a importância dos pais serem honestos com seus filhos. É na tentativa de manipular as crianças que surgem os problemas: quando, por exemplo, brigam entre si, mas agem como se estivesse tudo bem na frente dos filhos. É um relacionamento baseado na confiança que sustentará seu filho na medida em que ele cresce.

Esqueça a culpa por não fazer tudo certo

Os pais não devem se sentir obrigados a seguir todo conselho que ouvem. O que precisam é perguntar de onde veio o conselho e qual a evidência que o sustenta: é algo que eu acho importante para educar meu filho? A maioria dos pais está fazendo o melhor que pode e com base no que têm à disposição: tempo, dinheiro, recursos ou know-how.

Coloque o seu filho na cama mais cedo

Os pais precisam considerar o sono dos filhos como questão de saúde. Quando repousa é que o cérebro da criança codifica o que ela aprendeu de dia. Dormir é essencial também para regular as emoções e o metabolismo. Se você não põe seu filho na cama para passar mais tempo com ele, precisa se perguntar: vocês estão interagindo? Ou você só deixou a TV ligada e não está prestando atenção à criança? Se esse for o caso, então ela deve, sim, ir para a cama.

Converse sobre diferenças raciais com as crianças

Elas podem não compreender os aspectos culturais, mas, desde bebês, enxergam diferentes cores de pele, de cabelo e de físico. As mais novas pensam que, se um colega se parece com ela, têm outras coisas em comum e poderão ser amigos – vai acontecer o contrário se for um colega com cor de pele diferente. Pesquisa da Universidade do Colorado (EUA) acompanhou 200 crianças (metade branca e metade negra) e constatou que, aos 3 anos, 86% delas escolheram amigos de sua própria raça. Por isso, é importante explicar ao seu filho que aparência é apenas o que está por fora.

Lembre-se que nem tudo é apenas “bom” ou “ruim”

Se pensarem com base nesses termos, os pais vão cair em estereótipos e perder o principal. Até mesmo um programa educativo que mostra como ser gentil, por exemplo, pode ter um lado negativo (pense em um desenho em que os personagens brigam o tempo todo e reatam só no fim...). Além disso, as próprias crianças também não são inteiramente “boas” ou “más”. Aquela “criança difícil” pode ser legal com os amigos, enquanto aquela vista como a boazinha também pode ter atitudes mesquinhas.



terça-feira, 10 de novembro de 2009

HABILIDADE ESPACIAL PODE SOFRER DANO ANTES DA MEMÓRIA NA DOENÇA DE ALZHEIMER

A doença de Alzheimer é primeiramente associada à perda da memória, um dos seus principais sintomas. No entanto, um estudo publicado no “Archives of Neurology”, periódico da Associação Médica Americana, mostrou que a perda de habilidades espaciais como montar um quebra-cabeças ou ler corretamente um mapa pode ocorrer antes da manifestação de dificuldades relacionadas às recordações.
Para o trabalho, pesquisadores da Universidade de Kansas (EUA) acompanharam 444 pessoas por seis anos, em média. Os voluntários passaram por testes de habilidades visuoespaciais e por avaliações de memória e de cognição.
Desses pacientes, 134 desenvolveram demência 44 tiveram o cérebro examinado após a morte e foi confirmado o diagnóstico de Alzheimer. Os pesquisadores observaram que a perda das habilidades visuoespaciais se manifestou até três anos antes do diagnóstico clínico de demência chamada de fase pré-clínica da doença.
“Até hoje, acreditava-se que a manifestação mais precoce na fase pré-clínica, para fazer diagnóstico em um grupo de risco, envolvia a questão da memória. As pesquisas partiam mais para tentar encontrar um subtipo de memória que indicasse a demência antes”, diz o geriatra José Marcelo Farfel, do hospital Albert Einstein.
Segundo a patologista Lea Grinberg, coordenadora do Banco de Cérebros da Faculdade de Medicina da USP, estudos já mostraram que a doença de Alzheimer afeta de forma muito precoce áreas do cérebro envolvidas com a localização espacial. “Algumas questões visuoespaciais até existem no diagnóstico clínico, mas, ainda assim, sempre priorizamos a memória”, afirma.
Atualmente, a perda da memória episódica (de curta duração) é considerada o sinal mais precoce de predisposição para a doença. “O trabalho é pioneiro pela análise estatística. Sabíamos que, quando há falhas na memória episódica, a doença não estava mais na fase inicial, por isso são desenhados novos estudos para ver sintomas delicados que sinalizam a doença antes”, diz Grinberg.
Visão e espaçoO estudo indica um possível marcador mais precoce da doença, mas que ainda só é apontado por meio de testes neurológicos complexos.
“É importante ressaltar que essas alterações são muito delicadas, difíceis de perceber no dia a dia. O próximo passo, após o trabalho, é desenvolver escalas mais simples para verificar essa habilidade”, diz Grinberg.
As habilidades visuoespaciais estão relacionadas à localização espacial –como estar em um supermercado conhecido, mas não achar a prateleira de certo produto.
Atividades que exijam uma noção em três dimensões também podem ser prejudicadas caso haja declínio nesse domínio. “Para o mecânico que desmonta e monta partes do carro, isso se torna mais difícil”, exemplifica Grinberg.
Para Farfel, o marcador possibilitará que o paciente seja acompanhado mais de perto, mas ainda não foram estabelecidas intervenções específicas para a fase pré-clínica da doença. “Fizeram estudos com remédios para Alzheimer em pessoas com transtorno cognitivo leve, mas as drogas não impediram a evolução da doença”, diz.
Por isso, essas pessoas devem seguir recomendações gerais para reduzir o risco de demência, como controle de pressão e de diabetes, prática de atividades físicas e manter vida intelectual e social ativa. “Isso pode ser recomendado com mais intensidade para quem apresentar perda nesses domínios.”
Fonte:
Vida de Alzheimer e Folha de S. Paulo.

O QUE É NEUROPSICOLOGIA

Como o próprio nome do Blog diz, e este é o principal assunto que vamos abordar aqui... pensamos... o que é NEUROPSICOLOGIA?
A Neuropsicologia é uma área específica da Psicologia que estuda a relação entre o cérebro e o comportamento humano. Sua criação se deu entre duas vertentes: a psicologia científica, que estuda o comportamento humano, as estruturas funcionais responsáveis pelas atividades mentais superiores, o movimento e a ação; e a neurologia, que estuda as alterações comportamentais causadas por lesões cerebrais. De acordo com o Conselho Federal de Psicologia, o neuropsicólogo é o profissional que atua no diagnóstico, no acompanhamento, no tratamento e na pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral.
O especialista em neuropsicologia, pode ser aquele profissional que cursou a especialização em uma universidade que já possa emitir o titulo de especialista pelo conselho, ou ter cursado uma especializaçao que não dê diretamente o titulo, mas que de o certificado e a aptidão para trabalhar, para que depois esse profissional possa tentar a prova do Conselho Federal de Psicologia que acontece de 5 em 5 anos!!(eu acho)
Para maiores informações consulte o site da do CFP - www.pol.com.br