sábado, 26 de junho de 2010

ABRAFIN - Associação Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional

Questões retiradas da abrafin.org.br para esclarecer sobre a fisioterapia neurofuncional!!

PERGUNTAS E RESPOSTAS:
P - O que é Fisioterapia Neurofuncional?
R - Fisioterapia Neurofuncional é a área da Fisioterapia que atua nas sequelas resultantes de danos ao Sistema Nervoso, abrangendo tanto o Sistema Nervoso Central como o Periférico.
P - Quais pacientes utilizam os serviços do fisioterapeuta neurofuncional?
R - São usuários dos serviços do Fisioterapeuta Neurofuncional, crianças e adultos com sequelas de diferentes complexidades e distribuições corporais tais como hemiplegias, paraplegias, cerebelopatias, disfunções vestibulares, parkinsoninsmo, polineuropatias, miopatias, doenças do neurônio motor, etc.
P - Porquê é necessário que o atendimento fisioterapêutico neurofuncional seja especializado?
R - As síndromes resultantes dos danos ao sistema nervoso diferem entre si dependendo da região atingida.  As disfunções motoras e sensoriais decorrentes de dano neurológico interferem qualitativamente e quantitativamente no desempenho das atividades de vida diária, laborais e de lazer. Assim sendo, o fisioterapeuta neurofuncional precisa ter conhecimento especializado e manter-se atualizado sobre:
• o funcionamento do sistema nervoso e seu potencial plástico,
• as repercussões funcionais das lesões por ele sofridas e
• os recursos fisioterapêuticos de eficácia cientificamente comprovada mais adequados a cada condição.
P - Qual é o espectro de atuação do fisioterapeuta neurofuncional?
R - A complexidade da atuação deste profissional compreende a avaliação, elaboração do diagnóstico cinético-funcional, prescrição e tratamento das alterações neurofuncionais, bem como o desempenho de ações relacionadas à prevenção tanto primária como secundária.
P - Em quais cenários atua o fisioterapeuta neurofuncional?
R - A fisioterapia neurofuncional se aplica a diversos cenários, tais como UTIs, ambulatórios, unidades de internação, centros de reabilitação, centros desportivos adaptados, comunidades, etc.

Estudo sugere terapia (medicamentosa) para reverter problemas de aprendizado em pessoas com Down Criança com Síndrome de Down



Pesquisadores americanos realizaram um estudo com ratos que pode ajudar no desenvolvimento de um tratamento para reverter os problemas de aprendizado associados à Síndrome de Down.
Ao nascer, a criança com Down não apresenta atrasos no seu desenvolvimento, mas logo cedo problemas de memória se manifestam e passam a dificultar o aprendizado.
O novo estudo, publicado na revista científica Science Translational Medicine, aponta as regiões afetadas do cérebro e sugere possíveis formas de resolver os problemas.
Pessoas com Síndrome de Down possuem uma cópia extra do cromossomo 21. A condição é associada a problemas nos centros de memória, dificultando o processo de coleta e uso de experiências vividas para a formação de novas memórias e no processo de aprendizagem.

Estudo
Os especialistas da Stanford University e do Lucile Packard Children's Hospital - na cidade de Stanford, Califórnia - trabalharam com ratos alterados geneticamente para apresentar traços associados à Síndrome de Down. Diferentemente de outros ratos, os animais alterados geneticamente não iniciavam a construção de ninhos quando colocados em gaiolas com as quais não estavam familiarizados.
Os pesquisadores constataram que, nesses animais, células localizadas em uma região do cérebro conhecida como hipocampo não estavam sendo supridas com uma substância química chamada noradrenalina ou norepinefrina, que ajuda as células nervosas a se comunicarem umas com as outras.
O problema parece ser resultante de uma deterioração em outra área do cérebro do rato, o cerúleo, que normalmente se comunica com o hipocampo durante a formação da memória - e estaria, portanto, associado ao aprendizado.
Os especialistas acreditam que a cópia extra do cromossomo 21 que os portadores da síndrome possuem contenha um gene específico - o APP - que interfere no cerúleo.
Mas eles verificaram que o aumento artificial dos níveis de norepinefrina no cérebro dos animais produz um efeito positivo quase imediato no seu comportamento.
O rato começa a construir seu ninho e apresenta desempenhos melhores em outros testes.
 
Remédios Disponíveis
Drogas que agem no sistema da norepirefrina já foram desenvolvidas para tratamento da depressão e síndrome do déficit de atenção. Para os pesquisadores, o estudo traz esperanças de que talvez essas drogas possam ajudar também pessoas com Síndrome de Down. Eles especulam, por exemplo, que um tratamento com a droga certa poderia, talvez, ajudar o aprendizado em crianças com Down.
Os cientistas precisam determinar, no entanto, se o cerúleo estaria associado ao aprendizado também em humanos.
A diretora da Downs's Syndrome Association, Carol Boys, disse que estão sendo feitas muitas pesquisas sobre esse assunto. "Entretanto, vai demorar bastante para que esses tratamentos estejam disponíveis e seguros para uso em seres humanos".

Notícia original:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2009/11/091119_downsyndrome_therapy_mv.shtml
       

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Estratégias para (manter) e melhorar a memória!!!

É importante conhecermos algumas maneiras simples de melhorarmos a memória.  Aqui estão cinco estratégias para melhorar a memória baseados em pesquisas científicas:

1) Sono – O sono há tempos foi identificado por cientistas como o estado em que nossos corpos otimizam e consolidam novas informações adquiridas e as armazenam como memória.  Um novo estudo na Nature Reviews Neuroscience fornece mais evidência de que um sono adequado é um ingrediente chave na melhora da memória.

2) Alimentação – É sabido que uma alimentação ruim afetará negativamente sua memória. Existem fortes evidências científicas que uma dieta rica em Omega-3, vitamina B e antioxidantes é importante para a saúde do cérebro.

3) Relaxamento – Desestressar e meditação são também maneiras cientificamente aceitas de melhorar sua memória.  Num estudo muito divulgado sobre meditação, uma forte argumentação foi feita de que a prática diária da meditação engrossa as partes do córtex cerebral responsáveis pela tomada de decisão, atenção e memória.

4) Exercícios Físicos – Um estudo recente da Universidade da Pennsylvania sobre exercícios e memória descobriu que pessoas que praticavam rotineiramente exercícios com atenção mostraram melhorias mensuráveis em “desempenho cerebral”.  Um dos autores do estudo relatou que “Memória de trabalho é uma característica importante do desempenho cerebral. Não apenas ela protege contra distração e reações emocionais, mas ela também oferece um espaço mental para garantir decisões e planos de ação rápidos e raciocinados. Desenvolver desempenho cerebral através de treinamento com atenção pode ajudar qualquer um que precise manter um desempenho de ponta face a circunstancias extremamente estressantes...”

5) Estímulo Cognitivo – Finalmente, não é nenhum segredo que participar regularmente de treinamento cerebral ajuda a melhorar a memória.  Num estudo publicado pelo Dr. Bernard Croisile sobre a ferramenta utilizada pelo Cérebro Melhor, os resultados dos usuários foram analisados após completarem 500 exercícios ao longo de 18 semanas. Na média, esses usuários melhoraram sua memória em 13,9%, com uma melhora geral de 15,6% nas habilidades cognitivas. Resumindo, desafiar sua memória com os jogos do Cérebro Melhor foi comprovado cientificamente que melhora a memória.

Dicas para implementar essas cinco simples estratégias de melhoria da memória:
• Vá para a cama um pouco mais cedo para dormir mais;
• Comece a comer mais comidas ricas em Omega-3, vitamina B e antioxidantes, como peixe, abacate e castanha;
• Leia um livro sobre meditação e/ou se inscreva numa aula e experimente;
• Se você já não está exercitando pelo menos três vezes por semana, comece fazendo caminhadas de 20 minutos até que você tenha condicionamento suficiente para expandir seu programa de exercícios;
• Faça exercicios cognitivos!!
Quer saber como!! Entre em contato com nosso Serviço e descubra!!!!
Abçs!!!
 

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Aprender é modifcar as sinapses

Você não lembra disso, mas um dia você não soube fazer algo tão simples quanto olhar um objeto e estender a mão para alcançá-lo por livre e espontânea vontade. Muita coisa mudou no seu cérebro desde então, e a capacidade que lhe permite hoje escrever seu nome, fazer coisas complicadas ao computador e dirigir seu carro tem nome: aprendizado.

Sem o aprendizado - ou seja, a capacidade do cérebro de mudar seus circuitos e modo de funcionar conforme suas próprias experiências são bem ou mal sucedidas, estaríamos fadados a viver com as funções com as quais nascemos, e nada mais.

O que exatamente acontece no cérebro durante o aprendizado? As sinapses, pontos de troca de informação entre neurônios, mudam. As que foram usadas com sucesso são fortalecidas, enquanto as que levaram a erro ou não serviram para nada são enfraquecidas, algumas a ponto de atrofiarem e desaparecerem. Além disso, novas sinapses também podem aparecer - e um estudo recente mostra que isso pode acontecer mais rapidamente do que se imaginava.

Em estudo publicado em novembro de 2009 na revista Nature, pesquisadores dos Estados Unidos testaram o aprendizado motor em camundongos e constataram que ele leva a uma rápida formação de novas sinapses no cérebro de camundongos adolescentes e até adultos. Tonghui Xu e colegas, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, estudaram camundongos de 1 mês de idade – considerados adolescentes – e outros de mais de 4 meses de idade, já adultos. Os animais eram colocados em gaiolas onde aprendiam a alcançar sementes através de uma fenda. Menos de uma hora depois de aprenderem a tarefa, já se encontrava um número significativo de novas conexões formadas entre neurônios do córtex motor do lado do cérebro responsável pelos movimentos aprendidos, mas não no córtex do outro lado, que não havia sido usado na tarefa. Esperava-se que a formação de sinapses novas levasse dias para acontecer. No entanto, o estudo de Xu e sua equipe mostra que o remodelamento estrutural das sinapses acontece quase imediatamente. Aprender, portanto, é mudar o cérebro – e na mesma hora.

Com o mesmo aprendizado, camundongos jovens ganharam mais conexões novas do que os adultos, sobretudo aqueles jovens que haviam aprendido melhor a tarefa. Mas pessoas de mais idade, não temam: os adultos no estudo também ganharam novas sinapses - apenas não tão rapidamente quanto os mais jovens.

Ao mesmo tempo em que o aprendizado leva à formação de novas sinapses, outras são perdidas: o resultado do aprendizado não é um aumento no número total de sinapses, mas uma mudança no conjunto de sinapses existentes. Em cerca de duas semanas, o número total de sinapses já está de volta aos níveis anteriores ao aprendizado – embora as sinapses agora sejam outras. Sinapses que já eram estáveis, que podem ser a base da memória motora duradoura, aparentemente não são perturbadas pelo aprendizado – o que ótimo: assim você não esquece como andar de bicicleta se começar a fazer aulas de dança! (SHH, 15/04/2010)

Fonte: Xu T, Yu X, Perlik AJ, Tobin WF, Zweig JA, Tennant K, Jones T, Zuo Y (2009) Rapid formation and selective stabilization of synapses for enduring motor memories, Nature 462, 915-9.

Cochilo - turbinando o cérebro!!!

Uma nova pesquisa proveniente da Universidade da Califórnia, Berkeley, sugere que tirar um cochilo de uma hora tem um efeito positivo no desempenho do cérebro. Este benefício é devido a sua mente liberar espaço de armazenagem temporário enquanto você descansa. Quando este “espaço de armazenagem” está disponível, ele aumenta sua capacidade de absorver novas informações que chegam.

Entretanto, esse estudo sugere que tirar cochilos não apenas refresca a mente, mas pode tornar você mais inteligente também. O Dr. Matthew Walker, autor principal do estudo, afirma que “Dormir não apenas conserta o que fica errado quando você se mantém acordado por um tempo prolongado mas, num nível neurocognitivo, leva você além de onde você estava antes de tirar um cochilo.”
O estudo foi conduzido com 39 jovens adultos saudáveis voluntários, colocando-os em dois grupos: o grupo do cochilo e o do sem cochilo. Exigiu-se dos dois grupos realizar tarefas complicadas baseadas em informações no meio do dia. Na tarde, o grupo do cochilo foi permitido descansar por uma hora e meia enquanto o grupo sem cochilo não foi. Não surpreendeu que o grupo que foi permitido o descanso desempenhou melhor que o outro grupo. Entretanto, o que surpreendeu é que este grupo desempenhou melhor do que eles tinham desempenhado no começo do dia (antes do cochilo).
Acredita-se que na medida em que ficamos cansados ao longo do dia, regiões do cérebro que são vitais para armazenar novas informações começam a desligar. Segundo estudos prévios, acredita-se que o hipocampo armazena temporariamente as memórias baseadas em fatos antes de enviá-las para a região do córtex pré-frontal do cérebro para arquivamento. Se você imaginar seu hipocampo como um balde, eventualmente esse balde fica cheio (de informação). Esse estudo recente do Dr. Walker sugere que é durante o descanso que somos capazes de limpar essa informação e arquivá-la. Entretanto, se esse balde (seu hipocampo) ficar cheio antes que você possa dormir, torna-se mais difícil capturar as informações que chegam porque não há onde colocá-las.
É sabido que nosso sono torna-se menos eficiente à medida que envelhecemos. Como a comunidade científica continua a aprender como o sono afeta o cérebro, nossa esperança é que isso ajude a compreender melhor doenças neurodegenerativas como Alzheimer e outros distúrbios cognitivos. Nesse meio de tempo, garanta um bom sono e, se sua rotina permitir, alguns cochilos à tarde também. O médico recomenda.

fonte: cerebromelhor.com.br