terça-feira, 6 de julho de 2010

Diagnósticos de síndrome de Down crescem 71% na Inglaterra

O número de bebes diagnosticados durante a gestação com Síndrome de Down na Inglaterra e no País de Gales aumentou 71% entre 1989 e 2008. Nesse período, houve grandes melhorias nos testes para diagnóstico da condição, assim como um aumento no número de mulheres sendo testadas. Entre 1989 e 1990, houve 1.075 diagnósticos de bebês portadores da síndrome durante a gestação em comparação com 1.843 diagnósticos entre 2007 e 2008. Apesar do aumento do número de diagnósticos, o número total de bebês que nascem com síndrome de Down no país permanece quase o mesmo: são cerca de 750 nascimentos por ano, apenas 1% menos do que há vinte anos. O estudo, feito pela Universidade de Londres, foi publicado na publicação científica British Medical Journal.
O estudo revelou ainda também que o número de casais optando pelo aborto após o diagnóstico permanece o mesmo em relação a 20 anos atrás: 92%.

Falando à BBC Brasil, Joan Morris, responsável pelo estudo, lembrou que embora a proporção de casais optando pelo aborto seja a mesma, o número total de abortos de bebês com Down aumentou. Ela também acrescentou que a incidência de abortos naturais é grande em gestações com Down. No passado, essas gestações não eram diagnosticadas, o aborto acontecia e a ocorrência da síndrome não era refletida nas estatísticas. "Hoje você tem melhores testes, mais mulheres sendo testadas e mais abortos sendo feitos", disse Morris.
As chances de uma mulher ter um bebê com síndrome de Down sobem de uma em 940 se ela tem 30 anos para uma em 85 se ela tem 40 anos. "O que estamos observando é um aumento brusco no número de gestações com síndrome de Down, mas ele está sendo compensado pelas melhorias nos testes", disse Joan Morris. "Acreditava-se que essas melhorias levariam a uma diminuição no número de nascimentos com síndrome de Down. Entretanto, devido ao aumento na idade da mãe, isso não aconteceu". Isso ocorreria porque mulheres mais velhas, conscientes de que suas chances de engravidar novamente são pequenas, optam por seguir em frente com a gravidez e ter o filho com Down.

Fonte: BBC/Brasil, vale a pena pensar o porquê desse mesmo número de abortos ser semelhante a de 20 anos atrás. Possível sinal de que a mentalidade dessas mães (e pais) não evoluíram...
Depressão dobra o risco de Demência
Os peritos sabem que as duas condições (depressão e demência) muitas vezes co-existem, mas não está claro se realmente uma leva à outra.
Agora, dois estudos publicados na revista Neurology sugerem que “depressão significar demência”  é mais provável, apesar de não mostrar o porquê. E os pesquisadores salientam que os resultados apenas revelam uma ligação, não uma causa direta. Eles dizem que são necessários mais estudos para descobrir porque as duas condições estão ligadas.
Eles acreditam que a química do cérebro e os fatores de estilo de vida como dieta e a quantidade de tempo social de uma pessoa exercem um papel importante.
Dr. Jane Saczynski Universidade de Massachusetts, que liderou o primeiro dos dois estudos, disse: “Embora seja claro que a demência provoca depressão, existem várias maneiras da depressão afetar o risco de demência. A inflamação do tecido cerebral que ocorre quando uma pessoa está deprimida pode contribuir para a demência. Determinadas proteínas encontradas no cérebro que aumentam com a depressão também podem aumentar o risco de desenvolver demência.”
Seu estudo, que acompanhou 949 idosos, mostrou com mais freqüência que a demência seguiu a uma “crise” de depressão. Ao final do estudo, 164 pessoas haviam desenvolvido demência. Especificamente, 22% dos que tinham depressão passaram a desenvolver demência em comparação com 17% daqueles que não tinham depressão.
O segundo estudo, entretanto, seguiu 1.239 pessoas nos E.U. e mostrou que com dois ou mais episódios de depressão quase dobrou o risco de demência.
Rebecca Wood, chefe executiva da organização Alzheimer’s Research Trust, disse: “As semelhanças nos sintomas de demência e depressão pode significar que os dois são confundidos às vezes no momento do diagnóstico, mas não sabemos se eles são biologicamente ligados. Os últimos estudos sugerem que pode haver ligações profundas entre demência e depressão por isso temos de expandir a pesquisa para encontrar mais resultados.”
O professor Clive Ballard, da Alzheimer’s Society concorda que mais pesquisas são necessárias agora para estabelecer porque existe a ligação. ”É bem conhecida a depressão que é comum em fases iniciais de demência. O que este estudo mais recente demonstra é que a depressão em uma idade mais jovem é provavelmente um importante fator de risco para a demência”, disse ele.
Fonte: BBC News
reabilitacaocognitiva.org