quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

TELEVISÃO ESTRAGA O CÉREBRO?
Temos certeza de que você já deve ter ouvido o velho ditado de que a televisão vai estragar seu cérebro. Talvez haja um pouco de verdade nisso. Primeiro, é óbvio que assistir televisão é uma atividade sedentária e passiva. Assistir televisão é uma escolha e, como a maioria das escolhas, existe um custo de oportunidade. Quando você assiste televisão, você deixa de fazer outras atividades que estimulam melhor o cérebro, como exercícios físicos ou leitura. Mas não aceite apenas a nossa palavra, pois a ciência está aí para sustentá-la. Muitos neurocientistas de destaque têm difundido a mensagem de que o uso excessivo de televisão pode não ser saudável. Um dos mais notáveis é o Dr. Amen, que acredita que assistir televisão é um dos fatores para aumento do TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) em nossa sociedade.
No Jornal Americano de Medicina Preventiva (American Journal of Preventive Medicine), um estudo publicado em abril chamado Televisão e Atividade Baseada em Tela e Bem-estar Mental em Adultos  deu mais suporte para a ideia de que assistir televisão em excesso pode ter um efeito adverso no cérebro. O estudo examinou a conexão entre comportamento recreativo sedentário (baseado em televisão e entretenimento baseado em tela) e saúde mental.
O estudo foi conduzido pela revisão de dados pesquisados de 3920 homens e mulheres da Pesquisa da Saúde Escocesa de 2003. A esse grupo amostral foi aplicado um questionário de saúde geral e também um de saúde mental. Também foi medido o tempo dedicado a assistir televisão ou outro entretenimento baseado em tela, a prática de atividades físicas e a capacidade física. Aproximadamente um quarto dos participantes do estudo dedicava pelo menos quatro horas por dia ao entretenimento baseado em tela.
Após todos os dados terem sido ajustados, verificou-se que esse grupo tinha um índice de problemas com saúde mental muito mais alto do que os que assistiam menos televisão. Isso levou os pesquisadores a concluir que comportamentos sedentários durante o tempo de lazer é independentemente associado às notas ruins de saúde mental.
O cérebro é realmente um órgão fantástico! É considerado também o mais importante do corpo, pois é o único que não é (e talvez nunca será) transplantável. Por esse e outros motivos é que devemos cuidar muito bem dele. E nada melhor do que o recesso de final do ano para planejarmos como vamos cuidar dele ao longo do ano seguinte. Para lhe auxiliar nessa tarefa, preparamos abaixo uma lista de resoluções de Ano Novo que todos devemos colocar em prática. Aproveite para compartilhá-la com seus amigos e familiares!
Dormir bem (e ainda tirar um cochilo de vez em quando)
Acredite ou não, apesar do descanso ser muito importante para um funcionamento cognitivo normal, seu cérebro não desacelera quando você dorme. Ao contrário, ele até fica bem ativo. A ciência do sono ainda está sendo explorada, mas uma teoria popular é que o cérebro faz seu trabalho mais importante durante o sono – direcionando e organizando todas as informações importantes do dia na memória.
Além do sono noturno, pesquisas sugerem que tirar um cochilo à tarde não apenas refresca a mente, mas pode tornar você mais inteligente também.
Controlar o stress
Desestressar é uma maneira cientificamente aceita de se melhorar a memória e outras habilidades cognitivas. Entretanto, aparelhos digitais nos fornecem acesso instantâneo a informações e podem aumentar o estresse. Crie oportunidades para tirar umas férias dos aparelhos digitais de vez em quando.
A meditação também tem sido considerada uma ótima forma de limpar a mente e reduzir stress. Um estudo descobriu que mesmo vinte minutos diários de meditação, quatro dias por semana, pode gerar um aumento notável em suas habilidades de tomada de decisão, atenção e memória.
Comer de forma saudável
Uma dieta rica em antioxidantes, folhas verdes, castanhas e peixe, também conhecida como mediterrânea, beneficia o corpo em uma grande variedade de formas diferentes. Então, não seria de se surpreender que pesquisadores médicos estejam falando dos efeitos positivos dessa dieta também para o cérebro humano.
Peixes como a cavala e o salmão são especialmente bons para o cérebro porque são ricos em ômega-3, uma gordura saudável. Portanto, uma dieta bem equilibrada, rica em ômega-3 e antioxidantes é uma das melhores coisas que você pode fazer pela saúde do seu cérebro.
Ampliar a convivência social
A saúde mental parece depender em grande parte de estarmos conectados a outras pessoas. Pesquisas demonstram que a socialização e exercícios mentais têm efeitos muito similares em termos de melhorar as funções cerebrais. Então, programe-se para rever mais amigos e sair mais de casa no próximo ano.
Praticar exercícios físicos
Resultados de estudos publicados sugerem que pessoas com boa forma física também possuem cérebros em boa forma. E pesquisadores descobriram que realmente exercitar o corpo promove a saúde cerebral, tanto para crianças quanto para adultos.
Exercício aeróbico, durante trinta a sessenta minutos por dia, três dias por semana, está provado causar um impacto positivo nas funções cerebrais. O exercício não precisa ser extenuante e deve ser feito dentro das fronteiras da sua condição física: uma caminhada também causa efeitos positivos.
Exercitar o cérebro
O fato é que o aprendizado de novas coisas cria novos caminhos neurais e desenvolve nossa reserva cognitiva (uma das melhores defesas contra o declínio cognitivo). De maneira similar aos nossos músculos, quanto mais se usa o cérebro em um tipo de atividade, melhor ele é capaz de realizá-la. Por isso a atividade mental rica e variada, com a prática das mais variadas funções cognitivas, é importante para manter todos os circuitos ativos e saudáveis, prontos para o uso.
Um estudo muito importante verificou que atividades que estimulam o cérebro podem atrasar o surgimento dos sintomas da doença de Alzheimer (DA) e encurtar a sua duração. A reserva cognitiva obtida através de um estilo de vida cognitivamente rico ajuda as pessoas a compensar nos estágios iniciais da DA. Mesmo que a pessoa tenha a doença, ela poderá desfrutar da sua vida normal por um período maior de tempo. A duração da doença é reduzida, e os sintomas somente aparecem no momento em que as defesas naturais do cérebro (através da formação de reservas cognitivas) são derrotadas.
Muitos neurocientistas de destaque têm difundido a mensagem de que o uso excessivo de televisão pode não ser saudável. Um dos mais notáveis é o Dr. Amen, que acredita que assistir televisão é um dos principais fatores para o aumento de TDA (Transtorno de Déficit de Atenção) em nossa sociedade.  Pesquisadores concluíram que comportamentos sedentários durante o tempo de lazer estão associado a um desempenho mental mais baixo. Então, procure sair do sofá e se dedicar a atividades que ocupem tanto o seu corpo como o seu cérebro.
Dados obtidos nos EUA e em vários países da Europa sugerem que quanto mais cedo uma pessoa se aposenta, mais rápido é o declínio da sua memória. É uma hipótese que os pesquisadores consideram plausível para explicar esse efeito é a de que os trabalhadores fazem mais exercício mental do que os aposentados porque o ambiente de trabalho é mais estimulante e desafiador em termos cognitivos.
Agora, lembre-se que o que realmente conta não é apenas ler este artigo, ou qualquer outro que trata de atividades saudáveis, mas praticar suas recomendações um pouco todo dia. Comece dando o primeiro passo hoje – por que esperar até o ano que vem? Depois continue com passos pequenos, porém constantes, e logo você verá que essas práticas se internalizarão na forma de hábitos. O que você está esperando?

Musculação Protege o Cérebro!!!

Pesquisas demonstram que, já a partir dos 25 anos, o cérebro inicia um processo gradual e lento de declínio cognitivo, ou perda de desempenho, que evolui com a idade. Na população idosa, o declínio cognitivo já é um importante assunto de saúde pública e uma bem reconhecida manifestação clínica desse declínio são as quedas. Idosos com comprometimento cognitivo caem duas vezes mais do que os que não possuem.
Um estudo publicado no ano passado pesquisou o efeito em idosos de um treino de resistência de 12 meses no desempenho cognitivo e risco de quedas. Seus resultados mostraram que o treino realizado uma ou duas vezes por semana melhorou o desempenho cognitivo, principalmente as características de atenção seletiva e solução de conflitos.
Após a conclusão deste estudo, os participantes foram acompanhados durante mais um ano e os resultados desse acompanhamento foram liberados recentemente. Idosos que participaram do programa de exercícios de resistência conseguiram manter os benefícios cognitivos e tiveram menos quedas, gerando economia para o sistema de saúde.
O estudo contou com 155 mulheres com idades entre 65 a 75 anos. O treino de resistência foi feito em aulas de 60 minutos utilizando um aparelho para as pernas (leg press) e pesos livres. Dentro dos que faziam o treino de resistência, havia um subgrupo que treinava uma vez por semana e outro que treinava duas vezes por semana. Esse grupo foi comparado a um grupo de controle que fazia treino de tonificação e equilíbrio duas vezes por semana, realizando exercícios de alongamento, amplitude de movimento, fortalecimento básico e equilíbrio, bem como de técnicas de relaxamento.
Surpreendentemente, o grupo que conseguiu sustentar os benefícios cognitivos foi o que treinava apenas uma vez por semana, ao invés de duas. Os autores do estudo especulam que este grupo provavelmente foi mais bem sucedido em manter o mesmo nível de atividade física obtido no estudo original.
Além dos benefícios cognitivos, os benefícios econômicos do grupo de uma vez por semana também foram mantidos um ano após o estudo original. O grupo de uma vez por semana gerou menos gastos relacionados ao uso do sistema de saúde e tiveram menos quedas do que o grupo de duas vezes por semana e o de tonificação.
Este estudo mostra mais uma vez que um corpo em forma está diretamente relacionado com um cérebro em forma. Em todas as idades, exercitar o corpo beneficia o cérebro. O treino aeróbico é geralmente associado a um melhor desempenho cognitivo, mas o interessante é que este novo estudo mostra que a musculação também pode ser adicionada à nossa lista de exercícios.

fonte: cerebromelhor.com.br