quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Como funciona nossa memória...simples e explicativo!!!


Por Dr. Bernard CroisilE
A maneira como nosso cérebro armazena, mantém e acessa a memória é um processo fascinante. Apenas recentemente é que neurocientistas e pesquisadores acadêmicos começaram a realmente entender como esse processo complicado funciona. As informações que chegam até nós são processadas de três formas primárias:
  • Memória Sensorial – A memória sensorial é usada para descrever nossa habilidade de reter impressões de informações que chegam através dos nossos cinco sentidos. Uma memória sensorial pode existir para qualquer desses canais sensoriais:
    • Memória visual | visão
    • Memória auditiva | audição
    • Memória tátil | tato
    • Memória olfativa | olfato
    • Memória gustativa | paladar
Cada um desses tipos de memória é importante e deficiências em qualquer um deles pode tornar certas tarefas mais difíceis. Por exemplo, deficiências na memória visual podem afetar sua habilidade de ler e escrever. Deficiências na memória auditiva podem afetar sua habilidade de compreender palavras ou lembrar informações que foram apresentadas verbalmente.
Um dos maiores fatores que separa a memória sensorial dos outros tipos de memória é que esse tipo de memória é geralmente armazenado no seu cérebro por menos de dois segundos. Essa breve janela de tempo nos dá tempo suficiente para processar, analisar e interpretar a mensagem que chega. Se julgarmos a informação importante o suficiente, nós a movemos para o próximo tipo de armazenamento.
  • Memória de Curto Prazo / Memória de Trabalho – Quando a informação é julgada importante, nós a movemos da memória sensorial para nossa memória de curto prazo. Através da memória de curto prazo, a maioria dos seres humanos pode lidar com aproximadamente 7 informações durante uns 30 segundos. Podemos estender esse período “ensaiando” a informação, repetindo os pensamentos em nossa mente, o que ajuda a movê-la para a memória de longo prazo. A maioria das informações é perdida (esquecida) na memória de curto prazo. Os limites da memória de curto prazo tornam impossível para qualquer um lembrar tudo que experimentam. Até pessoas com “memória fotográfica” não conseguem se lembrar de tudo, ao contrário da crença popular.
  • Memória de Longo Prazo – Se a informação tiver sorte o suficiente de sobreviver os primeiros dois estágios, ela terá a chance de ser processada e encontrar um lugar em sua memória de longo prazo. Uma metáfora comum é que a memória de longo prazo é a biblioteca do cérebro. Como uma biblioteca tradicional, a informação na memória de longo prazo é classificada, arquivada e indexada de diversas formas. Porque somos criaturas espaciais, e na maior parte organizamos nossas vidas baseadas no tempo, nossas memórias de longo prazo são organizadas por data e hora cronologicamente. O sistema de catalogação de longo prazo do nosso cérebro é complexo, mas é composto por três componentes chave:
    • Memória semântica: A parcela da memória de longo prazo que cuida de formular nossas ideias, significados e conceitos.
    • Memória processual: A parcela da memória de longo prazo que nos ajuda a lembrar como fazer as coisas.
    • Memória episódica: A parcela da memória de longo prazo que se refere à nossa habilidade de resgatar experiências pessoais do nosso passado.
Temos que admitir, esse é um resumo muito breve do que compõe nossa memória e de forma alguma é exaustivo. Além disso, existem definições especiais dentro da memória que fogem da esfera dessa progressão de três estágios. Por exemplo, existe um aspecto da memória que descreve o aumento de sensibilidade da nossa mente subconsciente a certa informação quando nós somos expostos a ela diversas vezes ao longo de um período de tempo. Um exemplo do mundo real é nossa habilidade crescente de lembrar melhor o nome de um colega de trabalho depois que você o ouviu pela quinta vez, ao invés de quando ouviu pela primeira vez.
Estudos mostram que nossa memória melhora com a prática e fazer jogos de memória é uma ótima maneira de se conseguir justamente isso, e de se proteger do declínio cognitivo.  Experimente e você rapidamente estará na direção de melhorar sua memória.

domingo, 28 de novembro de 2010

A MENTE APAGA REGISTROS DUPLICADOS

Por Airton Luiz Mendonça (Artigo do jornal O Estado de São Paulo)
O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio.... você começará a perdera noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos,ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição deeventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado.
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processarconscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive umaexperiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos paracompreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmentecolocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque pareceque o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado,nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos,lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lêcom os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabequal marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).
Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para amente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga aexperiência repetida.
Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas,pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações,-.... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo echeio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...
ROTINA
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioriadas pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acabasendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ouregistros com fotos.
Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tireférias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, efrio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas deaniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciandoo dia).
Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes demomentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visiteparentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor docabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.
Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiênciasdiferentes.
Seja diferente.
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, vejaoutras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos... em outras palavras... V-I-V-A. !!!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.
Cerque-se de amigos.
Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade,emoção, rituais e vida.
E S CR EVA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES di fE rEn tEs !
CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE...
V I V A !!!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tomar sol ajuda proteger os neurônios

Dermatologistas costumam alertar: para expor a pele aos raios solares é preciso aplicar protetor, o que evita câncer e envelhecimento precoce. Mas fugir do sol também traz consequências graves para o cérebro. Pesquisadores descobriram que a ausência de vitamina D no organismo pode comprometer funções cognitivas. Embora seja mais conhecida por promover saúde dos ossos e regular os níveis de cálcio, a vitamina desativa enzimas cerebrais que participam da síntese de neurotransmissores e do crescimento neuronal. Com essas descobertas, pesquisadores esperam que no futuro a vitamina ajude no tratamento de pacientes com Alzheimer.

“Sabemos que há receptores de vitamina D espalhados por todo o sistema nervoso central e hipocampo. Além disso, ela ativa e desativa as enzimas no cérebro e no fluido cerebrospinal envolvidas na síntese de neurotransmissores e no crescimento dos nervos”, explicou o pesquisador Robert J. Przybelski, da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin. Os estudos em animais e em laboratório sugerem que a substância pode proteger os neurônios e reduzir a inflamação.


Dois novos experimentos revelam mais novidades sobre o assunto. O primeiro, conduzido pelo neurocientista David Llewellyn, da Universidade de Cambridge, avaliou o índice da presença da vitamina em mais de 1.700 ingleses com mais de 65 anos. Os voluntários foram divididos em quatro grupos de acordo com os índices da substância encontrados no sangue: profundamente deficiente, deficiente, insuficiente e excelente; em seguida, foram testados quanto à função cognitiva. Os cientistas descobriram que, quanto mais baixos os níveis, maior o impacto negativo no desempenho na bateria de testes mentais. Se comparados a pessoas do grupo excelente, os que apresentavam valores mais baixos corriam mais risco de ter alguma deficiência mental.

O segundo estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, concentrou-se nos níveis de vitamina D e no desempenho cognitivo de mais de 3.100 voluntários entre 40 e 79 anos em oito países europeus. As informações mostram que os participantes com níveis mais baixos demoraram mais tempo para processar informações. Essa correlação foi particularmente expressiva entre os homens com mais de 60 anos.

“O fato de essa relação ter sido estabelecida em larga escala e em um estudo com seres humanos é muito importante, mas ainda há muito a ser estudado. Embora saibamos que o baixo grau da vitamina está associado ao comprometimento mental, não descobrimos se os altos reduziram a perda cognitiva”, salienta Przybelski.

Pelo fato de o comprometimento cognitivo ser, em geral, precursor da demência e do Alzheimer, a vitamina D é tema em constante discussão entre os cientistas que tentam responder a essas questões. Przybelski, por exemplo, planeja um estudo sobre isso para verificar se afetará a incidência de Alzheimer em longo prazo. Então, quanto de vitamina D é suficiente? Alguns especialistas dizem que de 15 a 30 minutos de exposição ao sol, de duas a três vezes por semana, seria o ideal para adultos saudáveis. É importante lembrar que fatores como a cor da pele, o local de residência e a área exposta ao sol afetarão o volume de vitamina D produzido por cada um.
fonte: mente e cerebro!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Casal importa método de reabilitação para pessoas com lesão na medula

Em 2003, aos 17 anos, Fernanda Fontenele sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Felipe Costa foi diagnosticado paraplégico em 2008, aos 20 anos, depois que capotou seu automóvel. Decidido a voltar a andar, ele procurou diversos tratamentos até conhecer o Project Walk, um centro de reabilitação avançada na Califórnia, Estados Unidos. Lá, Felipe viu pacientes com lesões medulares voltarem a andar e se tornou o primeiro brasileiro a fazer o tratamento na instituição, assim como uma fonte de informações para compatriotas que vivem a mesma situação.

Felipe conheceu Fernanda por meio dos vídeos que ela colocou na internet no intuito de conseguir dinheiro para viajar e fazer o tratamento. “Os vídeos me comoveram bastante porque as nossas histórias eram parecidas. Começamos a trocar e-mails e eu mandava informações sobre moradia e coisas que poderiam ajudá-la na Califórnia”, conta. Fernanda convocou os amigos, organizou uma campanha e conseguiu o valor necessário. “Quando ela chegou aos EUA, parecia que já nos conhecíamos há muito tempo. Tínhamos muitos sonhos e gostos em comum”, diz ele. 
s dois passaram cerca de um ano nos EUA. Fernanda já recuperou 100% dos movimentos dos braços e um parte dos movimentos das pernas e Felipe já consegue se sustentar em pé. “Foi muito importante termos passado pelo tratamento juntos. A cada movimento novo que eu consegui fazer, mostrava para ela e vice-versa”, conta Felipe. De volta ao Brasil, eles ficaram noivos e agora pretendem terminar o tratamento em um centro que os dois irão inaugurar no dia 16 de novembro em São Paulo. Batizado Centro de Recuperação de Lesão Medular AcreditANDO, a instituição é baseada no Método Dardzinski, desenvolvido no instituto Project Walk, que foi criado há cerca de dez anos, com o objetivo de fazer com que pacientes com lesão medular possam voltar a andar.

O centro será o único da América Latina a utilizar o método e terá capacidade para atender até 15 pessoas ao mesmo tempo. Segundo Fernanda, o método é aplicado em cinco fases, sendo as primeiras dedicadas ao estímulo para criação de massa muscular. “As duas últimas fases são para pessoas que têm o movimento, mas não têm a coordenação para voltar a andar”, diz. “Os exercícios são repetitivos e o clima é de academia.” A área de cerca de mil metros quadrados tem todos os equipamentos importados e duas instrutoras que passaram pelo treinamento na Califórnia. “Já tivemos mais de 100 inscrições”, conta Fernanda. Uma hora de tratamento deve custar entre R$ 100 e R$ 150, sendo que o indicado são três horas da fisioterapia diariamente. No futuro, a instituição deve oferecer também hidroterapia. Já o casamento de Fernanda e Felipe tem data definida: sai no ano que vem.

A partir do dia 16 de novembro. De segunda à sexta, das 9h às 19h. Centro de Recuperação de Lesão Medular AcreditANDO: Rua Alvarenga, 1.700, Butantã, São Paulo, tel.: 2389-6522 - site: www.acreditando.com.br
 
fonte: portal G1

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Neurônios afiados!!!

Não é fácil memorizar os detalhes de uma reunião após uma jornada de mais de dez horas de trabalho. Ainda mais quando se participa de três ou mais reuniões em um único dia. Esse tem sido o desafio da analista financeira Katia Kimiyo, de 35 anos. Ela registra as demandas em um caderno de anotações e até grifa o que é mais importante. Mas no fim do dia muita coisa importante escapa da memória. “Meu desejo é reter o essencial”, diz Katia. Há três meses, ela passou a se dedicar a um treinamento cerebral com jogos on-line que prometem lapidar a memória. “Estou mais atenta e já percebo mudanças positivas no trabalho”, afirma.
Os novos jogos eletrônicos de “ginástica cerebral” são tão específicos quanto os aparelhos de uma academia de ginástica: alguns servem apenas para aquecer os neurônios, outros para ativar áreas específicas do cérebro que trabalham com memória, atenção, linguagem e a visão espacial. O cérebro funciona como um músculo, dizem os neurocientistas. Tende a ficar mais forte à medida que é usado.
E formas de usá-lo não faltam. Há pelo menos 40 novos jogos “cerebrais” lançados neste ano. Todos eles, sem exceção, dizem ser montados com base nas últimas descobertas da neurociência. “São mais dinâmicos e eficientes que seus primos mais velhos, da década passada”, diz Richard Grane, neurocientista de Harvard que trabalha em parceria com programadores eletrônicos. “Agora eles têm embasamento científico e o aval dos principais centros de estudo de neurociência.”
A promessa dos jogos é atraente: ao exercitar os neurônios, o sujeito cria uma espécie de reserva cognitiva, o que torna novas áreas do cérebro aptas a executar tarefas antes restritas a poucas regiões. Uma boa reserva cognitiva permite chegar aos 40 anos melhor do que se passou pelos 30 – e atravessar os 60 sem trocar o nome dos parentes. “As pessoas desejam ter com o cérebro os mesmos cuidados que aprenderam a ter com o corpo”, diz a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A maior preocupação com o bom desempenho do cérebro, segundo ela, acontece porque se vive mais do que antes e as pessoas têm mais expectativas em relação à terceira idade.

Os primeiros jogos on-line em português surgiram neste ano, no site Cérebro Melhor. São versões de games da empresa francesa Happy Neuron. Seus jogos permitem montar treinos personalizados e até comparar seu desempenho ao de pessoas de outros países, de mesmo sexo, idade e escolaridade. Há jogos gratuitos on-line e conteúdo pago com uma mensalidade de R$ 18,90. Até os consoles DS e Wii têm games de exercício cerebral. Não são tão eficientes quanto os demais, mas são bem divertidos.
Será que precisamos recorrer a jogos eletrônicos para manter o cérebro saudável? Não, dizem os cientistas. “Basta ter uma vida ativa intelectualmente”, diz Paulo Caramelli, neurologista da Universidade Federal de Minas Gerais. Mas nem sempre isso é possível. O matemático capixaba Marcos Cesar Gomes, professor de ensino médio, diz que “esfola” seus neurônios seis horas por dia com equações de alta complexidade. “Sou bom em raciocínio lógico, mas péssimo com a linguagem”, diz. Gomes adotou o programa importado Brain Age para melhorar a fluência verbal. Diz estar progredindo.
Os especialistas dizem que jogos que melhoram o desempenho cerebral conseguem retardar os sintomas de doenças degenerativas, como o Alzheimer, embora não impeçam seu surgimento.
 fonte: Revista Época
OBS: o Serviço de Neuropsicologia Aplicada oferece os jogos do CÉREBRO MELHOR durante as sessões de reabilitação neuropsicológica!!! Se quiser saber mais, comunique-se com nós!!!
abçs!!!

sábado, 6 de novembro de 2010

Ingestão de produtos lácteos e funcionamento cognitivo

A dieta é um fator modificável que pode ser alvo de uma intervenção adequada para otimizar a saúde cognitiva e o bem-estar na velhice. Um artigo pubicado na Dementia ans Geriatric Cognitive Disorders traz uma revisão sistemática que considera as evidências atuais da associação entre a ingestão de produtos lácteos e funcionamento cognitivo. As bases de dados Medline, Embase, Web of Science, CINAHL e PsychInfo foram utilizadas para identificar artigos que relatam a associação entre o consumo de produtos lácteos e resultados cognitivos. Três estudos transversais e cinco prospectivos foram identificados. Dentre os resultados, os autores identificaram que um menor consumo de leite ou produtos lácteos está relacionado a uma piora da função cognitiva e um aumento o risco para a demência vascular . No entanto, o consumo de produtos lácteos com determinado teor de gordura pode ser associado com o declínio cognitivo em idosos. O artigo identificou que as limitações metodológicas dos estudos pesquisados não permitiram tirar conclusões quanto ao consumo de leite relacionado com o desempenho cognitivo. Ensaios clínicos randomizados são necessários para confirmar a relação entre a ingestão de produtos lácteos e cognição.

Terapia precoce pode ajudar a prevenir autismo

fonte: Site UOL (Ciencia e Saúde)
Três anos se passaram desde que Diego recebeu o diagnóstico de autismo, aos 2 anos de idade. Desde então, sua mãe Carmen Aguilar já fez incontáveis contribuições para as pesquisas sobre a síndrome.
Ela doou todos os tipos de amostras biológicas e concordou em manter um diário de tudo o que come, inala ou esfrega na pele. Uma equipe de pesquisadores presenciou o nascimento de seu segundo filho, Emilio. A placenta, algumas amostras de tecido da mãe e as primeiras fezes do bebê foram colocados em um recipiente e entregues para serem analisados.
Atualmente, a família participa de outro estudo: uma iniciativa de vários cientistas norte-americanos que buscam identificar sinais de autismo em crianças a partir dos 6 meses (até hoje, a síndrome não pode ser diagnosticada de forma confiável antes dos 2 anos de idade). No Instituto MIND , no Davis Medical Center da Universidade da Califórnia, os cientistas estão observando bebês como Emilio em um esforço pioneiro para determinar se eles podem se beneficiar de tratamentos específicos.
Assim, quando Emilio mostrou sinais de risco de autismo na sua avaliação de 6 meses – não fazia contato visual, não sorria para as pessoas, não balbuciava, mostrava interesse incomum por objetos – seus pais aceitaram de imediato o convite para que ele participasse de um programa de tratamento chamado “Infant Start”.
O tratamento consiste de uma terapia diária, chamada “Early Start Denver Model” (ESDM), baseada em jogos e brincadeiras. Testes aleatórios têm demonstrado que a técnica melhora significativamente o QI, a linguagem e a sociabilidade em crianças com autismo. Além disso, os pesquisadores dizem que quanto antes tiver início o tratamento, maior será potencial de sucesso.
"No fundo, o que podemos fazer é evitar que uma certa proporção de autismo ocorra," explica David Mandell, diretor adjunto do Centro de Pesquisas de Autismo do Hospital Pediátrico da Filadélfia. "Eu não estou dizendo que estas crianças estão sendo curadas, mas podemos estar alterando suas trajetórias de desenvolvimento ao intervir precocemente, para que elas nunca sigam o caminho que leve à síndrome. É impossível conseguir isso se ficarmos esperando o completo surgimento da doença."
Sally Rogers, a cientista do Instituto MIND que acompanha a família Aguilar, conta que já enfrentou muitos desafios na adaptação da terapia de crianças de mais de um ano para os bebês.
Mesmo os bebês com desenvolvimento normal para a idade ainda não podem falar ou gesticular, muito menos fingir. Em vez disso, Rogers pede que os pais prestem atenção no balbuciar e nas interações sociais simples que ocorrem durante as rotinas normais de alimentar, vestir, dar banho e trocar o bebê.
Durante a primeira sessão com Emilio, de 7 meses, Sally demonstrou aos pais Carmen e Saul jogos de esconde-esconde, cócegas e outras brincadeiras de interação com pessoas. Ela falou sobre as 12 semanas seguintes e como eles fariam para que Emilio trocasse sorrisos, atendesse pelo nome e balbuciasse, começando com uma única sílaba ("ma"), depois passando para duas ("gaga") e mais adiante para combinações mais complexas ("maga").
"A maioria dos bebês vem ao mundo com uma espécie de ímã embutido que atrai as pessoas", explica Sally. "Uma coisa que sabemos sobre o autismo é que ele enfraquece esse ímã. Não é que não se interessem, mas eles têm um pouco menos de atração pelas pessoas. Então, como podemos aumentar nosso apelo magnético para chamar sua atenção? "
A lição número um foi o contato visual. Sally pediu que os pais se revezassem para brincar com Emilio, incentivando-os a ficar cara a cara com o bebê e permanecer na sua linha de visão. Carmen Aguilar inclinou-se sobre o cobertor azul e sacudiu um brinquedo. "Emilio? Onde está o Emilio?
Do outro lado do espelho de duas faces, um pesquisador acompanhava a sessão e um assistente monitorava três câmeras de vídeo na sala. Sally Ozonoff, que foi a primeira a escolher Emilio para o estudo, parou para observar.
"Ele está olhando apenas para o objeto, embora o rosto de sua mãe esteja a oito centímetros de distância", disse ela. "Ele tem um rosto muito sóbrio e tranquilo".
Saul Aguilar foi o próximo a tentar. Ele colocou Emilio em uma cadeira vermelha feita de um saco de sementes e dobrou os lados sobre o bebê. "Chuá, chuá, chuá!", fez Saul. Nenhuma resposta.
Ele levantou Emilio para cima de sua cabeça e imitou um avião. Emilio olhou para o teto.
Então Saul colocou o bebê de volta na cadeira e pegou um lobo de pelúcia. Pôs o lobo sobre a cabeça e deixou-o cair em suas mãos. "Pschooo! Uuooó! Finalmente, Emilio olhou.
"Isso foi ótimo", disse Sally Rogers ao pai do bebê. "Você colocou o brinquedo sobre a cabeça e ele foi atraído para o seu rosto. Você usou o brinquedo para melhorar a interação social. Ao trazê-lo até o seu rosto, Emilio percebe você."
Embora as causas do autismo ainda sejam um mistério, os cientistas concordam que existe algum fator genético ou biológico envolvido. Tratamentos experimentais como o “Infant Start” visam abordar o ambiente social em que o bebê vive, para descobrir se as mudanças em casa podem alterar o desenvolvimento biológico da doença.
"As experiências formam os cérebros dos bebês de uma maneira muito física", explica Sally. "As experiências determinam as sinapses; algumas são construídas e outras são dissolvidas."
Na teoria, seum bebê prefere objetos em vez de rostos, uma "cascata de desenvolvimento" pode começar: os circuitos cerebrais que nasceram para a leitura facial são usados para outro fim, como o processamento da luz ou de objetos. Assim, os bebês perdem a capacidade de entender os sinais emocionais transmitidos pela observação de expressões faciais. Quanto mais tempo o cérebro de um bebê seguir este curso de desenvolvimento, mais difícil torna-se a intervenção.
Entretanto, o esforço de frear o autismo através de intervenções antecipadas apresenta um problema científico.
Como não existe um diagnóstico formal de autismo antes dos 2 anos, é impossível distinguir entre os bebês que são ajudados pela intervenção e os que jamais teriam desenvolvido autismo. Os pesquisadores precisam obter uma série de avanços com bebês como Emilio antes de fazer um estudo aleatório, comparando os bebês que recebem o tratamento com aqueles que não o recebem.
Os pais de Emilio estão felizes por seu filho participar da primeira fase do programa piloto. Eles viram o filho mais velho, Diego, progredir tanto na terapia comportamental entre as idades de 3 e 5, que ficam muito esperançosos com o que poderá acontecer com o mais novo.
Saul Aguilar largou o emprego em uma empresa de telecomunicações para cuidar de Emilio e trabalhar em seus objetivos todos os dias. Carmen Aguilar havia deixado seu emprego de assistente social quando o primeiro filho recebeu o diagnóstico. Mas os planos para o futuro tiveram que ser revistos depois da avaliação de 6 meses de Emílio.
"Eu sou a primeira pessoa da minha família a ir para a universidade," diz Carmen Aguilar. "Meu pensamento foi: 'agora já preparei o futuro de meu filho."
Mas, depois de saber que Emilio também pode ter autismo, ela diz que "você para de olhar para tão longe no futuro; somos forçados a pensar um dia de cada vez."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

DIVULGAÇÃO DO CURSO DE CUIDADORES ORGANIZADO PELA GERIATRIX - EMPRESA ESPECIALISTA EM ATENDIMENTO DOMICILIAR E CUIDADOS PALIATIVOS!!!
DIVULGUEM ESSA IDÉIA!!!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Facilitando o Vestir no Alzheimer

Em fases mais avançadas da doença de Alzheimer precisamos de “facilitadores” para determinadas atividades diárias, como o vestir. Sendo assim, resolvi escrever (emprestado do site reabilitaçãocognitiva.org) algumas sugestões sobre roupas e sobre outras questões relacionadas a essa atividade diária:
- Organize as roupas em ordem
Se o cliente é capaz de se vestir, mas fica confuso com a ordem das roupas (por exemplo: coloca a cueca antes da calça), tente deixar as roupas organizadas da seguinte forma: na pilha de roupas deixe a roupa íntima por cima das demais.
- Retire do armário e  das gavetas as roupas fora de época 
o ideal é que as roupas de outras estações sejam removidas: na época de calor retire as roupas quentes, não as deixe onde o cliente tem fácil acesso e evite inadequações e desconforto por causa do vestuário.
- Coloque as roupas no cesto, quando o cliente não estiver prestando atenção
Para evitar que as roupas sujas ou que a mesma roupa seja usada por vários dias, coloque a roupa suja no cesto quando o cliente não estiver prestando atenção (claro que isso só é válido para aqueles clientes que resistem a trocar de roupa!). Certifique-se de colocar roupas e sapatos usados fora do alcance do cliente no final do dia para evitar que a roupa seja novamente vestida no outro dia.
- Segurança em primeiro lugar
Sempre que possível incentive e oriente o cliente a estar sentado em uma cadeira enquanto se veste ou despe.
- Se necessário, minimize o comando verbal e utilize o toque e o gesto para a parte do corpo ou para a peça de vestuário que ele precisa vestir.
Essa orientação é bastante útil quando o cliente fica confuso ou se está ansioso (nunca prestamos a atenção nisso, mas o vestir tem muitas etapas e exige inúmeras habilidades sensório-motoras e percepto-cognitivas ou seja pode não ser fácil!!). Um exemplo seria: segurando a meia dizer “meias” e, se ele ainda não reagir com o comportamento adequado, você pode tocar levemente o pé do cliente e repetir “meia”.
- Calças elástico da cintura
Calças de cintura elástica tendem a ser confortáveis e fazem o uso do vaso mais fácil para o cliente e cuidador.
- Usar um tamanho ligeiramente maior
É mais fácil vestir e despir uma roupa é  que um pouco frouxa.
- Velcro Sapatos
Tentar colocar velcro nos sapatos para facilitar o colocar e o tirar os sapatos.

FONTE: maravilhoso site do reabilitacaocognitiva.org!!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Alzheimer, pelo paciente

Arthur Rivin - O Estado de S.Paulo de 03/02/2010

Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer. Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.
Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.
Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.
Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET, que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com Aricept, que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarreia e perda de apetite. Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda. Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.
Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal. Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.
Hoje sabemos que esse material é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.
No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.
Mas há muitas coisas que aprendemos. A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.
Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura.
Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.
Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.
A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.
Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei- me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.
ARTHUR RIVIN FOI CLÍNICO-GERAL E É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA

Cérebro em forma!!!

De acordo com o livro Deixe seu Cérebro em Forma (Corine Gediman e Francis Crinella), os melhores exercícios para a boa forma e a saúde do cérebro incluem os seguintes critérios:

1. Forçam você a pensar enquanto os pratica: montar aeromodelos; responder a perguntas de programas de televisão; criar receitas; fazer palavras cruzadas ou montar quebra-cabeças.

2. Desafiam você a fazer coisas rotineiras de um modo diferente: esclher um novo caminho na volta do trabalho pra casa; escovar os dentes om a outra mão; comer com pauzinhos.

3. Incluem níveis progressivos de um novo aprendizado: aprender uma nova língua; adotar um novo passatempo; aprender a usar programas diferentes de computador; aprender ou reaprender a tocar um instrumento musical.

4. Exigem novos modos de pensar: criar um poema rimado; construir uma escultura de areia; pintar um quadro; escrever suas memórias; ler um novo gênero de livro.

5. Envolvem desafio cinestésico: tênis, pingue-pongue, atividades na piscina; andar de bicicleta; criar arte com pintura, poesia ou marcenaria; dança de salão.

6. São socialmente interativos: jogar baralho; participar de debates; realizar trabalhos voluntários; frequentar aulas numa faculdade da comunidade; assistir a uma peça teatral ou a uma palestra com amigos.

7. Incluem exercícios aerôbicos, que bombeiam sangue e importantes nutrientes para o cérebro: andar rápido; caminhar ou correr numa esteira; nadar;praticar ginástica; fazer polichinelos.

Fonte: reabilitacaocognitiva.com.br

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Reserva Cognitiva

Diz a lenda que só usamos 10% do cérebro.
Isto não é verdade: usamos o cérebro todo, o tempo todo – de maneiras diferentes.
Considerar que só 10% são usados poderia levar a pensar que os outros 90% servem de reserva em caso de necessidade (por exemplo, após lesões cerebrais) - o que naturalmente não pode ser verdade, já que cada parte do cérebro tem sua função.
Acredita-se, contudo, que existe uma outra forma de reserva (cognitiva) funcional no cérebro: na forma de conexões sinápticas ricas entre os vários sistemas e suas partes, que representam caminhos alternativos para o processamento de informação, sobretudo em casos de necessidade.
Como conexões sinápticas são mantidas e modeladas dependendo do seu uso, a consequência é que um cérebro usado bastante, e de maneiras bastante variadas, terá uma maior riqueza de boas conexões disponíveis para uso alternativo.
Esses cérebros, portanto, devem ser mais resistentes aos danos decorrentes do envelhecimento, ou de doenças.
De fato, o maior fator de proteção contra a demência senil e a demência neurodegenerativa é simplesmente a educação formal: quanto mais tempo se passa na escola, menor se torna a probabilidade de um dia ter sinais da doença de Alzheimer, por exemplo.
Um dos ganhos com a educação formal, que pode ser considerada um longo período de aprendizado intenso e sistematizado, é provavelmente a formação de uma extensa rede de conexões, muitas das quais talvez redundantes, que formam uma reserva mental, podendo ser recrutadas alternativamente em caso de necessidade.
Isso explicaria, por exemplo, por que algumas pessoas permanecem em forma e pensando com clareza ao longo de toda sua vida enquanto outras pessoas não.
Essas reservas mentais, contudo, precisam, podem, e devem ser mantidas ao longo da vida, já que as sinapses têm o poder de serem desfeitas, refeitas e fortalecidas o tempo todo de acordo com o uso ou a falta dele.
Por isso, nunca é tarde para investir em formar reservas cerebrais; e se você teve um bom começo na vida, investir na manutenção das suas reesrvas, e até aumentá-las, é uma boa ideia.

The Bronx Aging Study, publicado no New England Journal of Medicine e liderado pelo Dr. Joe Verghese, um neurologista, acompanhou quase 500 pessoas por mais de20 anos, observando o que elas realmente fazem em seu cotidiano e qual é a relação entre tais escolhas e a saúde do cérebro. A pesquisa mostrou que as pessoas que participavam pelo menos quatro vezes por semana de atividades mentais estimulantes, como jogos interativos e dança, tinham uma probabilidade de 65 a 75% maior de permanecerem em boa forma do que aqueles que não realizavam essas atividades. O Dr. David Bennett, no Rush University Medical Center, chegou recentemente a uma conclusão parecida, depois de seguir mais de 2000 pessoas durante vários anos. Ao longo do tempo do estudo, 134 pessoas do grupo morreram. Nenhuma delas tinha sido diagnosticada com Alzheimer ou teve sequer um leve declínio cognitivo. Mas 36% apresentavam no cérebro os emaranhados de fibras e as placas características de Alzheimer – apenas não tinham sintomas! Essas pessoas aparentemente tinham acumulado reservas cerebrais suficientes para não mostrar sinais clínicos da doença, o que significa que mantinham boas habilidades de pensar apesar do Alzheimer já instalado.
fonte: cerebromelhor.com.br

Habilidade Cognitiva é mais importante do que idade!!

Um estudo recente publicado por Scott Huettel, Ph.D., professor de psicologia e neurociência e diretor do Centro Duke para Estudos Neuroeconômicos, tenta ajudar a desfazer o mito de que simplesmente a idade nos torna inferior na tomada de decisões financeiras, quando comparados aos mais jovens. Esse estudo foi publicado no início de junho na revista Psychology and Aging e, nele, o Dr. Huettel faz uma argumentação convincente de que é a falta de reserva cognitiva, e não simplesmente a idade do cérebro, que contribui para o declínio das habilidades de tomada de decisão financeiras.

Em termos leigos, o que isso significa é que só porque seu pai fez 80 anos, você não deveria presumir que ele seja incapaz de cuidar de seus próprios negócios. A nova pesquisa do Dr. Huettel sugere que pode ser que seu pai seja na realidade melhor do que você quando se trata de tomar decisões financeiras prudentes.

“Não é a idade, e sim a cognição que faz a diferença na tomada de decisão”, diz o Dr. Huettel. E completa, “Quando nós consideramos as habilidades cognitivas, como memória e velocidade de processamento, a idade não ajudou em nada a prever se um indivíduo faria as melhores decisões econômicas nas tarefas que designamos.”

Nesse estudo, o Dr. Huettel e sua equipe testaram as habilidades cognitivas de 54 adultos com idades entre 66 e 76 anos e a mesma quantia de pessoas com idades entre 18 e 35 anos. Todos foram designados uma variedade de tarefas financeiras que tinham níveis variados de risco. Usando análises de trilha, eles descobriram que os efeitos relacionados à idade somente estavam correlacionados a diferenças individuais na velocidade de processamento e memória, mas que a habilidade cognitiva, e não a idade, é um preditor muito mais útil para a qualidade da decisão. Com base nessas descobertas, o Dr. Huettel afirmou que “O estereótipo de que todos os adultos mais velhos se tornam mais avessos ao risco é simplesmente errado.”

Essas novas descobertas lançam mais luz na importância da reserva cognitiva e de manter nossos cérebros saudáveis em qualquer idade. À medida que envelhecemos, aumenta nosso risco de declínio cognitivo. Velocidade de processamento e memória vão naturalmente diminuir na maioria de nós. Entretanto, esse estudo oferece mais evidência de que se nós mantermos nossos cérebros saudáveis, nós na realidade continuamos a melhorar muitas das nossas mais importantes habilidades cognitivas, mesmo na terceira idade.

FONTE: site cerebromelhor.com.br

APRENDIZAGEM!!!

Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente. É um processo contínuo, que sofre alterações na velocidade e na qualidade do que é aprendido conforme a idade e nível de desenvolvimento, isso acontece porque o sistema nervoso - órgão responsável pela aprendizagem - termina seu amadurecimento apenas no fim da adolescência e sofre contínuas alterações pelo ambiente por toda a vida.
Com o passar do tempo, a criança demonstra de maneira mais evidente o que aprende.
Durante o processo de aprendizagem e desenvolvimento a criança opera sobre todos os dados recebidos do ambiente e atribui significados a eles - tanto pessoais, quanto da cultura em que está inserida. A aprendizagem, não é um processo limitado à atenção e ao esforço, depende também de estímulos ambientais, de características orgânicas e motivacionais de cada pessoa.
O aprender amplia-se com o passar do tempo juntamente com o aumento da capacidade de abstração da criança e com o transcorrer da idade.
A aprendizagem é muito mais do que memorizar e copiar os estímulos recebidos. É um processo ativo englobando outras atividades, como:
1) Organizar a nova informação;
2) Comparar e integrar com o que já se conhece;
3) Guardar na memória;
4) Lembrar sempre que necessário.
Lembre-se: O bom aprendiz não é alguém com uma memória privilegiada ou um bom copista, mas alguém que consegue manipular a informação de maneira inteligente e flexível.

i) OS PRIMEIROS ANOS
Nos primeiros anos de vida, aprendizagem e desenvolvimento se confundem, isso acontece porque o sistema nervoso da criança - imaturo ao nascer- prossegue evoluindo por toda a infância e adolescência, isso se reflete sobre seus comportamentos e sua maneira de compreender o mundo.
A capacidade que a criança de compreender o mundo que a rodeia é um reflexo da interação do meio - que a estimula - e de processos neurológicos que ocorrem durante o crescimento. Assim, a criança aprende coisas sobre si mesma e sobre o ambiente à medida que informações novas chegam e apresentam "problemas" para que ela resolva, estimulando assim sua inteligência e amadurecimento.
Lembre-se: A criança aprende porque o meio provê estímulos para ela e porque suas estruturas cerebrais permitem. Portanto é importante estimular, mas sem esquecer de respeitar o tempo dela.

Normalmente antes de entrar na escola, a criança já é capaz de:
1) Nomear coisas
2) Diferenciar classes de animais e objetos
3) O que é certo e errado em casa e no seu grupo de amigos
4) Leis físicas como gravidade, calor e movimento
5) Antecipar algumas reações das outras pessoas e elaborar uma teoria sobre como elas
estão se sentindo ou pensando.
6) Encontrar modos de conseguir o que quer.

Você pode ajudar nesse processo através de brincadeiras. Durante a infância a criança aprende brincando, literalmente. Respeitar esse direito é fundamental para que seu filho se desenvolva afetiva e cognitivamente. Os momentos de intimidade entre pais e filhos são fundamentais para os dois, estes podem ocorrer de maneira prazerosa em torno de um jogo ou de uma brincadeira.

Mas em um mundo tão cheio de propagandas voltadas para as crianças, quais são os brinquedos mais adequados para as elas?
Certamente os brinquedos não precisam ser caros ou sofisticados, os brinquedos mais adequados para promover a aprendizagem são justamente aqueles simples e que são utilizados há muitas gerações.
De acordo com a idade os brinquedos devem trabalhar:

4 a 7 anos: motricidade, os limites das artes gráficas, diferenças sexuais, sociabilidade. Tipos de brinquedos: construtivos, agressivos e optativos.
7 a 9 anos: sexualidade, sociabilidade, limites. Tipos de brinquedos: construtivos e principalmente optativos.
9 a 11 anos: sexualidade (identificação), formação de grupos sociais. Tipos de brinquedos: jogos

De acordo com o tipo podemos classificar:
-dramáticos: bonecos (bebês, adultos, velhos), famílias (pano e plástico), copos, pratos, panelinhas, sucatas, caminhões, carrinhos, aviões, motos, etc - animais (selvagens e domésticos)
-regressivos: massa modelar, tintas, balde, água, areia, barro
-construtivos: jogos, formas e blocos, papel (branco e colorido), canetas, lápis, canetinhas, lápis de cor, pincéis e tintas, tesoura, barbante, cola, palitos,tampinhas,plásticos e panos,montagens
-agressivos: revólver, espada, bola (pequena, média, grande), arco e flecha
-optativos: jogos, fio e agulha, vela e fósforo

ii) NA ESCOLA
Lembre-se: Cada criança é um indivíduo único e tem seu próprio tempo para aprender cada coisa, nem todas as crianças entram na escola sabendo as mesmas coisas!
Ir a escola pela primeira ver, ou mesmo retornar de férias à escola, pode trazer uma situação muito delicada e barulhenta. A criança pode começar a chorar, gritar e se desesperar e esse comportamento pode gerar muita angústia e sofrimento aos pais.
A criança tem essa reação porque ainda não consegue fazer uma projeção do tempo e por isso não entende que ficará apenas algumas horas ali e logo poderá ver seus pais. Na hora da separação acaba se comportando como se fosse uma despedida definitiva. Assim, os pais devem estar bem seguros sobre o momento de colocar seu filho na escola e que a escola escolhida cuidará bem da criança, mesmo que ela esteja chorando e não tenha vontade de ficar lá.
Mesmo que a criança tenha dado um pouco de trabalho para ir a escola, os pais devem demonstrar carinho e afeto, não brigar e exigir que a criança goste rapidamente de ir a escola. A educação familiar é fundamental, pois são os pais que ensinarão ao filho humano os valores culturais e morais, por isso devem sempre que possível mostrar o quanto é importante aprender e desenvolver o gosto pelo conhecimento. Também quando a vida escolar se inicia a convivência entre pais e filhos pode ser usufruída. Pergunte ao seu filho como foi o dia na escola, o que ele aprendeu de novo, demonstre interesse na vida escolar da criança isso ajudará para que ela aprenda a importância de ir à escola e de se dedicar aos estudos.
Escolher a escola não é uma tarefa fácil. A melhor escola é aquela que está em sintonia com os valores e hábitos dos pais. Dessa maneira o diálogo entre pais e escola também é facilitado.
Depois de passar pela escolha da escola, o primeiro dia de aula os pais ainda devem continuar seu trabalho como educadores. Acompanhar a vida escolar de seu filho não é apenas um direito, é um dever já que a criança raramente irá fazer as tarefas de casa por conta própria, mas não faça o dever pelo seu filho. Valorize as conquistas do seu filho, faça elogios quando ele for bem em provas, receber um elogio da professora. É sempre mais importante dar atenção antes de mimos!
Os filhos imitam os costumes dos pais, o melhor ensinamento vem do exemplo. Assim, evite mentiras, gritos e ou dar recompensas arbitrárias seu filho para fazer tarefas e estudar. Paciência é uma das maiores virtudes de um bom educador, ser pai realmente não é tarefa fácil, mas tenha paciência quando seu filho não quiser fazer o dever de casa.
Outra coisa que deve ser lembrada: irmãos são diferentes, por isso evite estereótipos e comparações. Faça elogios e valorize o que cada criança tem de melhor. Elogias e valorizar não significa ser amigo de seus filhos, quando eles fizerem algo de errado exerça sua autoridade, isso não significa bater ou ser muito violento, mas sim impor limites à criança. Nunca sobreponha amizade à responsabilidade e autoridade, você deve ser pai (ou mãe) de seu filho e não um amigo que permite tudo.
O mercado de trabalho tem se tornado competitivo e por isso os pais acham que colocando seus filhos em vários cursos como: inglês, natação e outras atividades, estarão preparando melhor a criança para o futuro. Cuidado! Excesso de atividades pode acabar reduzindo o desempenho. Mesmo depois da primeira infância a brincadeira com os amigos e com os pais é uma forma de aprendizado importante para a criança

iii) PROBLEMAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
O problema de aprendizagem é uma perturbação ou falha na aquisição e utilização de informações ou na habilidade para solução de problemas. Geralmente, essas dificuldades tornam-se mais aparentes quando a criança entra na escola, pois os conteúdos ficam mais complexos, além disso, em um grupo maior de crianças é possível fazer comparações entre a mesma faixa etária e perceber se alguma apresenta dificuldades que as demais do grupo não possuem.
Para que a criança aprenda devem estar presentes condições para que isso ocorra de maneira satisfatória. Podemos dividir essas condições em três grupos:

1) Funções psicodinâmicas: deve haver integridade psíquica eemocional para que a criança aprenda. Criança sob forte stress em casa ou na escola pode apresentar dificuldade de assimilar o que lhe é ensinado.
2) Funções do sistema nervoso periférico: Uma criança com problemas de visão ou audição recebe menos informações ambientais. Se ela não for atendida em suas necessidades pode não aprender adequadamente os conteúdos apresentados na escola ou mesmo fora dela.
3) Funções do sistema nervoso central: O cérebro é o responsável pelo armazenamento, elaboração e processamento da informação. Uma pequena parcela das dificuldades de aprendizagem pode ser resultante de problemas nos processos cerebrais, o que exige investigação cuidadosa de um profissional.

As dificuldades no aprender podem, portanto, ser causadas pela ausência de uma das condições mencionadas acima. Eventualmente o problema em um nível pode trazer problemas em outro nível. Por exemplo: uma criança que enxerga mal e não usa óculos (grupo 1) pode ter seu desempenho prejudicado e se sentir excluída no ambiente escolar (grupo 2).

TIPOS DE PROBLEMAS:
a) Leitura
Os problemas específicos de aprendizagem mais comuns são os distúrbios de leitura - dislexia -, pois envolvem uma série de processos cognitivos. Para ler um texto escrito precisamos:
1) Ter atenção dirigida e controlar os movimentos dos olhos pela página
2) Reconhecer os sons associados com as letras
3) Entender as palavras e a gramática
4) Construir idéias e imagens
5) Comparar as idéias novas com as que você já tem
6) Armazenar idéias na memória.

Você pode detectar algum dos sinais de dislexia em casa, observando, por exemplo, se o seu filho apresenta:
1) Atraso na leitura de dois ou mais anos com relação às crianças da mesma idade
2) Velocidade na leitura é inferior a 50/60 palavras por minuto.
3) Erros freqüentes na leitura (omissões, substituições, inversões de fonemas - vogais e consoantes sonoras)
4) Não diferencia adequadamente os lados direito e esquerdo
5) Ver outros sinais considerados importantes
 Escrita: habilidade escrita abaixo do nível esperado - disgrafia - para idade, inteligência e escolaridade.
Cálculo: dificuldade nos procedimentos de cálculos iniciais - discalculia -, envolvendo estratégias de contagem para resolução de problemas aritméticos de adição e subtração.

Se a criança apresenta alguma dificuldade de aprendizagem ela deve ser examinada por um profissional - psiquiatra infantil, psicólogo, psicopedagogo - que fará uma avaliação do problema e o encaminhamento adequado.
Durante essa avaliação, o profissional irá realizar uma série de investigações em vários níveis:
1) Avaliação psicopedagógica: Observa-se a escola e o método pedagógico avaliando se é adequado e se não existem fatores emocionais e motivacionais dificultando a aprendizagem.
2) Avaliação neuropsicológica: são investigadas as funções de atenção, memória, habilidades motoras, linguagem, leitura, escrita, aritmética, percepções visuais, auditivas e sinestésicas, função intelectual e aspectos emocionais.
3) Testes psicológicos.
Lembre-se: O acompanhamento atento e cuidadoso dos pais é sempre o melhor meio de detectar precocemente dificuldades escolares.
 
Referências:
Pereira, E. P. Projeto Brinquedoteca na Universidade Federal do Paraná: Relato da Experiência disponível em < http://www.eci.ufmg.br/gebe/downloads/114.pdf>
Ciasca, S. M. (org.) Distúrbios de Aprendizagem: Proposta de Avaliação Multidisciplinar, Casa do Psicólogo, 2003
AUTORAS: Melanie Mendoza e Carolina R. Padovani - SITE: psiquiatriainfantil.com.br
 

terça-feira, 6 de julho de 2010

Diagnósticos de síndrome de Down crescem 71% na Inglaterra

O número de bebes diagnosticados durante a gestação com Síndrome de Down na Inglaterra e no País de Gales aumentou 71% entre 1989 e 2008. Nesse período, houve grandes melhorias nos testes para diagnóstico da condição, assim como um aumento no número de mulheres sendo testadas. Entre 1989 e 1990, houve 1.075 diagnósticos de bebês portadores da síndrome durante a gestação em comparação com 1.843 diagnósticos entre 2007 e 2008. Apesar do aumento do número de diagnósticos, o número total de bebês que nascem com síndrome de Down no país permanece quase o mesmo: são cerca de 750 nascimentos por ano, apenas 1% menos do que há vinte anos. O estudo, feito pela Universidade de Londres, foi publicado na publicação científica British Medical Journal.
O estudo revelou ainda também que o número de casais optando pelo aborto após o diagnóstico permanece o mesmo em relação a 20 anos atrás: 92%.

Falando à BBC Brasil, Joan Morris, responsável pelo estudo, lembrou que embora a proporção de casais optando pelo aborto seja a mesma, o número total de abortos de bebês com Down aumentou. Ela também acrescentou que a incidência de abortos naturais é grande em gestações com Down. No passado, essas gestações não eram diagnosticadas, o aborto acontecia e a ocorrência da síndrome não era refletida nas estatísticas. "Hoje você tem melhores testes, mais mulheres sendo testadas e mais abortos sendo feitos", disse Morris.
As chances de uma mulher ter um bebê com síndrome de Down sobem de uma em 940 se ela tem 30 anos para uma em 85 se ela tem 40 anos. "O que estamos observando é um aumento brusco no número de gestações com síndrome de Down, mas ele está sendo compensado pelas melhorias nos testes", disse Joan Morris. "Acreditava-se que essas melhorias levariam a uma diminuição no número de nascimentos com síndrome de Down. Entretanto, devido ao aumento na idade da mãe, isso não aconteceu". Isso ocorreria porque mulheres mais velhas, conscientes de que suas chances de engravidar novamente são pequenas, optam por seguir em frente com a gravidez e ter o filho com Down.

Fonte: BBC/Brasil, vale a pena pensar o porquê desse mesmo número de abortos ser semelhante a de 20 anos atrás. Possível sinal de que a mentalidade dessas mães (e pais) não evoluíram...
Depressão dobra o risco de Demência
Os peritos sabem que as duas condições (depressão e demência) muitas vezes co-existem, mas não está claro se realmente uma leva à outra.
Agora, dois estudos publicados na revista Neurology sugerem que “depressão significar demência”  é mais provável, apesar de não mostrar o porquê. E os pesquisadores salientam que os resultados apenas revelam uma ligação, não uma causa direta. Eles dizem que são necessários mais estudos para descobrir porque as duas condições estão ligadas.
Eles acreditam que a química do cérebro e os fatores de estilo de vida como dieta e a quantidade de tempo social de uma pessoa exercem um papel importante.
Dr. Jane Saczynski Universidade de Massachusetts, que liderou o primeiro dos dois estudos, disse: “Embora seja claro que a demência provoca depressão, existem várias maneiras da depressão afetar o risco de demência. A inflamação do tecido cerebral que ocorre quando uma pessoa está deprimida pode contribuir para a demência. Determinadas proteínas encontradas no cérebro que aumentam com a depressão também podem aumentar o risco de desenvolver demência.”
Seu estudo, que acompanhou 949 idosos, mostrou com mais freqüência que a demência seguiu a uma “crise” de depressão. Ao final do estudo, 164 pessoas haviam desenvolvido demência. Especificamente, 22% dos que tinham depressão passaram a desenvolver demência em comparação com 17% daqueles que não tinham depressão.
O segundo estudo, entretanto, seguiu 1.239 pessoas nos E.U. e mostrou que com dois ou mais episódios de depressão quase dobrou o risco de demência.
Rebecca Wood, chefe executiva da organização Alzheimer’s Research Trust, disse: “As semelhanças nos sintomas de demência e depressão pode significar que os dois são confundidos às vezes no momento do diagnóstico, mas não sabemos se eles são biologicamente ligados. Os últimos estudos sugerem que pode haver ligações profundas entre demência e depressão por isso temos de expandir a pesquisa para encontrar mais resultados.”
O professor Clive Ballard, da Alzheimer’s Society concorda que mais pesquisas são necessárias agora para estabelecer porque existe a ligação. ”É bem conhecida a depressão que é comum em fases iniciais de demência. O que este estudo mais recente demonstra é que a depressão em uma idade mais jovem é provavelmente um importante fator de risco para a demência”, disse ele.
Fonte: BBC News
reabilitacaocognitiva.org