Nos atendimentos que realizo com crianças, em psicoterapia, cem por cento das vezes necessito, em todas as sessões, conversar com os pais (ou apenas com a mãe que é quem mais acompanha). E desses atendimentos, noventa por cento das vezes a queixa maior é a falta de respeito dos filhos, ou a indisciplina na escola, ou agressividade, ou resumidamente, a falta de tato, de “feeling” dos pais de saberem lidar com seus filhos. Quando falo a esses pais que o problema não são dos filhos e sim deles próprios, muitos se assuntam, não aceitam ou culpam o outro parceiro. Já ouvi até mães falarem coisas do tipo: “mas doutora, eu faço tudo o que a supernany ensina”. A realidade que falta a percepção desses pais a respeito da educação que devem proporcionar a seus filhos. Melhor que isso, falta percepção dos pais de saberem o tipo de educação que receberam e o tipo de educação que devem dar a seus filhos nos tempos atuais.
Cada vez que os pais aceitam uma contrariedade, um desrespeito, uma quebra de limites, fazendo com que seus filhos não compreendam e rompam o limite natural para seu comportamento em família e em sociedade.
Apesar de serem fisicamente mais fortes, muitos pais que não reagem à quebra de limites dos filhos, acabam permitindo que estes, muito mais fracos, os maltratem, invertendo a ordem natural de que o mais fraco deve respeitar o mais forte. A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo, e assim por diante.
Pedir um brinquedo é aceitável, mas quebrar o brinquedo meia hora depois de ganhá-lo e pedir outro é inaceitável. É importante estabelecer limites bem cedo e de maneira bastante clara porque, mais tarde, será preciso dizer ao adolescente de quinze anos que sair para dar uma volta com o carro do pai não é permitido, e ponto final.
Por exemplo, estudo é essencial; portanto, os filhos têm obrigação de estudar. Caso não o façam, terão sempre que arcar com as conseqüências de sua indisciplina, que deverão ser previamente estabelecidas pelos pais. Só poderão brincar depois de estudar, por exemplo. No que é essencial, os pais deverão dedicar mais tempo para acompanhar de perto se o combinado está sendo levado em consideração (quis dizer os PAIS, não remetendo essa obrigação a babas, avós, tias e muito menos creche ou escola!!!). Os filhos precisam entender que têm a responsabilidade de estudar e que seus pais os estão ajudando a cumprir um dever que faz parte da “brincadeira” da vida.
Cada vez que os pais aceitam uma contrariedade, um desrespeito, uma quebra de limites, fazendo com que seus filhos não compreendam e rompam o limite natural para seu comportamento em família e em sociedade.
Apesar de serem fisicamente mais fortes, muitos pais que não reagem à quebra de limites dos filhos, acabam permitindo que estes, muito mais fracos, os maltratem, invertendo a ordem natural de que o mais fraco deve respeitar o mais forte. A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo, e assim por diante.
Pedir um brinquedo é aceitável, mas quebrar o brinquedo meia hora depois de ganhá-lo e pedir outro é inaceitável. É importante estabelecer limites bem cedo e de maneira bastante clara porque, mais tarde, será preciso dizer ao adolescente de quinze anos que sair para dar uma volta com o carro do pai não é permitido, e ponto final.
Por exemplo, estudo é essencial; portanto, os filhos têm obrigação de estudar. Caso não o façam, terão sempre que arcar com as conseqüências de sua indisciplina, que deverão ser previamente estabelecidas pelos pais. Só poderão brincar depois de estudar, por exemplo. No que é essencial, os pais deverão dedicar mais tempo para acompanhar de perto se o combinado está sendo levado em consideração (quis dizer os PAIS, não remetendo essa obrigação a babas, avós, tias e muito menos creche ou escola!!!). Os filhos precisam entender que têm a responsabilidade de estudar e que seus pais os estão ajudando a cumprir um dever que faz parte da “brincadeira” da vida.
Entendendo a educação familiar de hoje:
A primeira geração educou seus filhos de maneira patriarcal, com autoridade vertical — o pai no ápice e os filhos na base. Esta era obrigada a cumprir tudo o que o ápice determinava. Com isso, a segunda geração foi massacrada pelo autoritarismo dos pais, e decidiu refutar esse sistema educacional na educação dos próprios filhos. Na tentativa de proporcionar a eles o que nunca tiveram, os pais da segunda geração acabaram caindo no extremo oposto da primeira: a permissividade. A Psicologia/Psicanálise (infelizmente) contribuiu muito para isso ao divulgar frases como: “Não reprima seu filho”, “Seja amigo de seus filhos”, “Liberdade sem medo”. Boa parte dos adultos quis aderir ao modelo horizontal, em que pais e filhos têm os mesmos direitos, evitando neuroticamente o uso da autoridade, por confundi-la com autoritarismo.
Esses jovens ficaram sem noção de padrões de comportamento e limites, formando uma geração de “príncipes” e “princesas” com mais direitos que deveres, mais liberdade que responsabilidade, mais “receber” que “dar” ou “retribuir”.
É preciso recuperar a autoridade fisiológica, o que não significa ser autoritário, cheio de desmandos, injustiças e inadequações. Autoridade é algo natural e que deve existir sem descargas de adrenalina, seja para se impor, seja para se submeter. Desse modo, o relacionamento desenvolve-se sem atropelos. O autoritarismo, ao contrário, é uma imposição que não respeita as características alheias, provocando submissão.
É essencial à educação saber estabelecer limites e valorizar a disciplina. E para isso é necessária a presença de uma autoridade saudável. O segredo que difere autoritarismo do comportamento de autoridade adotado para que a outra pessoa (no caso, filhos ou alunos) torne-se mais educada ou disciplinada está no respeito à auto-estima.
Referencia: Tiba, I., Disciplina, limite na medida certa.
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